Publicado em 11/01/2019 - saude - Da Redação
POÇOS DE CALDAS - O calendário
temático das campanhas de saúde é aberto em janeiro, com a mobilização que visa
alertar para os cuidados que a hanseníase precisa ter. O Brasil é o segundo
país do mundo com mais casos da doença, atrás somente da Índia. Por ano, são
registrados cerca de 30 mil novos pacientes. Com 28 de janeiro sendo o Dia
Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, o objetivo desta data e deste
mês é conscientizar para a importância do diagnóstico e tratamento corretos,
ampliar a divulgação a respeito da doença e assim, diminuir o preconceito que
ainda existe. Considerada a doença mais antiga da humanidade, a hanseníase
também conhecida como lepra, foi estigmatizante e retirou milhares de pessoas
do convívio social, mais especificamente no século passado.
Sintomas
Doença
crônica que atinge pele e nervos, a hanseníase é caracterizada por: manchas
esbranquiçadas, avermelhadas, acastanhadas, em qualquer parte do corpo e com
diminuição ou ausência de sensibilidade, especialmente ao calor e ao toque;
perda de pelos e alteração da sudorese na região das manchas; dormência em
membros superiores e inferiores, além de nódulos que aparecem e desaparecem com
frequência. O diagnóstico e o tratamento são essenciais para evitar ou
minimizar as possíveis sequelas, conforme explica a enfermeira Cristina
Filomena Lazzari Gomes, referência técnica do Programa Municipal de Hanseníase.
“A doença causa lesões que podem gerar incapacidade, em graus mais avançados. O
problema principal é a sequela deixada pela demora no diagnóstico”. Com tratamento medicamentoso e possibilidade
de cura, a hanseníase tem diagnóstico comprovado por meio de exames clínicos e
laboratoriais. “É muito importante não ignorar os sintomas e o mais rápido
possível procurar o atendimento médico para evitar as sequelas e a transmissão
para outras pessoas. Assim que o tratamento tem início, é interrompida essa
transmissão infectocontagiosa, por isso também o diagnóstico rápido é tão
necessário”, alertou Filomena. Transmitida por meio de gotículas que saem do nariz
ou por meio da saliva, a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium
leprae ou bacilo de Hansen.
Programa
Municipal de Hanseníase
Em 2018, três novos casos foram identificados e tratados pelo SUS em Poços, sendo um deles, o de um paciente de 15 anos de idade. Crianças e adolescentes representam 6% das estatísticas anuais de diagnóstico da doença. O Programa em Poços atende a casos encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde. A equipe do Programa é composta por enfermeira, dermatologista, nutricionista, laboratorista e técnica de enfermagem. Em caso de dúvidas ou de qualquer sintoma, é fundamental procurar atendimento médico na unidade básica de saúde mais próxima da sua casa ou no Programa Municipal de Hanseníase, com atendimento na sala 26 da Policlínica, das 12h30 às 16h30, de segunda a sexta.
ascom