Publicado em 07/02/2018 - saude - Da Redação
O Brasil confirmou 353 casos e 98
óbitos no período de 1º julho de 2017 a 6 de fevereiro deste ano. No mesmo
período do ano passado, foram confirmados 509 casos e 159 óbitos.
O Ministério da Saúde atualizou nesta quarta-feira (07) as
informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação da
febre amarela no país. No período de monitoramento (de 1º de julho/2017 a 6 de
janeiro de 2018), foram confirmados 353 casos de febre amarela no país, sendo
que 98 vieram a óbito. Ao todo, foram notificados 1.286 casos suspeitos, sendo
que 510 foram descartados e 423 permanecem em investigação, neste período.
No ano passado, de julho de 2016 até 6 janeiro de 2017, eram 509
casos confirmados e 159 óbitos confirmados. Os informes de febre amarela
seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua
maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de
julho a 30 de junho de cada ano.
TRANSMISSÃO - O Ministério da Saúde
informa que não há registro confirmado de febre amarela urbana no país. O caso
de febre amarela em São Bernardo do Campo (SP) está sendo investigado por uma
equipe da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES/SP), o que inclui o
histórico do paciente e captura de mosquitos para identificar a forma de
transmissão na região. Deve ser observado que o paciente mora na região urbana,
e possivelmente trabalha na área rural. Qualquer afirmação antes da conclusão
do trabalho é precipitada. É importante informar que São Bernardo do
Campo (SP) é uma das 77 cidades dos três estados do país (São Paulo, Rio de
Janeiro e Bahia) incluídas na campanha de fracionamento da vacina de febre
amarela.
O Ministério da Saúde esclarece que todos os casos de febre
amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais,
ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata
(mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). Além disso, o que caracteriza a
transmissão silvestre, além da espécie do mosquito envolvida, é que os
mosquitos transmitem o vírus e também se infectam a partir de um hospedeiro
silvestre, no caso o macaco.
A probabilidade da transmissão urbana no Brasil é baixíssima por
uma série de fatores: todas as investigações dos casos conduzidas até o momento
indicam exposição a áreas de matas; em todos os locais onde ocorreram casos
humanos, também ocorreram casos em macacos; todas as ações de vigilância
entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encontraram
presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes; já há um programa nacionalmente
estabelecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses
(dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo
daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão
urbana de febre amarela. Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreas de
recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar
precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação
oportunamente.
CAMPANHA – A campanha de
fracionamento da vacina contra a febre amarela começou no dia 25 de janeiro nos
estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A campanha de vacinação no estado da
Bahia começa no dia 19 de fevereiro.
Para auxiliar os estados e municípios na realização da campanha, o
Ministério da Saúde vai encaminhar aos estados R$ 54 milhões. Desse total, já
foram repassados R$ 15,8 milhões para São Paulo; R$ 30 milhões para Rio de
Janeiro, e está em trâmite a portaria que autorizará o repasse no valor de R$
8,2 milhões para a Bahia.
A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e
recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de
epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de
expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A dose
fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em
andamento já demonstraram proteção por pelo menos oito anos e novas pesquisas
continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período.
Distribuição dos casos de febre amarela
notificados: 1º/7/2017 a 6/02/2018
|
UF
(LPI)* |
Notificados |
Descartados |
Em
Investigação |
Confirmados |
Óbitos |
|
AC |
1 |
0 |
1 |
- |
- |
|
AP |
2 |
2 |
0 |
- |
- |
|
AM |
5 |
2 |
3 |
- |
- |
|
PA |
24 |
15 |
9 |
- |
- |
|
RO |
8 |
5 |
3 |
- |
- |
|
RR |
2 |
2 |
0 |
- |
- |
|
TO |
12 |
6 |
6 |
- |
- |
|
AL |
2 |
1 |
1 |
- |
|
|
BA |
22 |
10 |
12 |
- |
- |
|
CE |
2 |
2 |
0 |
- |
- |
|
MA |
1 |
1 |
0 |
- |
- |
|
PE |
1 |
0 |
1 |
- |
- |
|
PI |
3 |
1 |
2 |
- |
- |
|
RN |
1 |
1 |
0 |
- |
- |
|
SE |
1 |
0 |
1 |
- |
|
|
DF |
33 |
19 |
13 |
1 |
1 |
|
GO |
31 |
16 |
15 |
- |
- |
|
MT |
1 |
0 |
1 |
- |
- |
|
MS |
5 |
4 |
1 |
- |
- |
|
ES |
64 |
42 |
22 |
- |
- |
|
MG |
358 |
116 |
85 |
157 |
44 |
|
RJ |
40 |
3 |
3 |
34 |
12 |
|
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