Publicado em 13/03/2018 - saude - Da Redação
Serão lançados dois editais para pesquisas
inéditas nas áreas de saúde materno infantil e antimicrobianos. Os documentos
ficam disponíveis no site do CNPq.
Os pesquisadores brasileiros terão duas
oportunidades de financiamento para estudos inovadores com temas estratégicos
para o SUS. O Ministério da Saúde, a Fundação Bill e Melinda Gates e o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) irão investir mais
de R$ 3,5 milhões em pesquisas com foco na “Ciência de dados para melhorar a
saúde materno-infantil no Brasil” e em “Novas abordagens para caracterizar a
carga global de resistência aos Antimicrobianos”. A primeira chamada pública já
está com inscrições abertas desde a última segunda-feira (05/03) no portal do
CNPq. Já a segunda, será lançada na segunda quinzena de março também no portal
da instituição. O prazo para execução dos projetos é de 18 meses.
O primeiro edital “Saúde Materno infantil no Brasil” busca
analisar grandes volumes de dados que possibilitam um melhor direcionamento das
políticas públicas do setor no país. O objetivo é selecionar ideias que
apresentem soluções fortemente promissoras para os problemas de saúde que
afligem a população brasileira.
Já a chamada pública de “Resistência aos Antimicrobianos”, que tem
previsão de lançamento na segunda quinzena de março, oferecerá oportunidade
também aos pesquisadores brasileiros que estudam este tema de importância
mundial. A chamada irá selecionar novos estudos para compreender o impacto da
resistência antimicrobiana, buscando uma abordagem coordenada e global e a
união de diferentes comunidades de pesquisa para novas perspectivas sobre o
problema.
O lançamento das duas chamadas públicas é resultado da
participação de delegação do Ministério da Saúde no Encontro Anual Grand Challenges, organizado
pela Fundação Bill & Melinda Gates, que ocorreu em outubro de 2017 em
Washington/DC, nos Estados Unidos. Para o Secretário de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos, Marco Fireman, a saúde não tem fronteiras e
deve ser tratada de forma global. “Um mal que afeta um país, devasta o outro.
Temos que agir juntos contra doenças, epidemias e promoção à saúde”, ressaltou.
A Diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério
da Saúde, Camile Giareta, ressalta que o apoio a essas pesquisas pode
trazer soluções para os grandes problemas de saúde global. “Abrir novas
perspectivas, apoiar novas pesquisas e, com elas, oferecer novos produtos capazes
de proteger a população do Brasil e do mundo das ameaças à saúde”, avaliou.
PARCERIAS EM PESQUISAS – O Programa Grand Challenges, lançado
pela Fundação Bill & Melinda Gates em 2003, consiste em uma série de
iniciativas que promovem a inovação para solucionar grandes problemas mundiais
de saúde e desenvolvimento. Presente em vários países, como África do Sul e
Índia, recebeu no Brasil uma forma exclusiva: o Grand Challenges Brasil. O Ministério da
Saúde é o responsável por conduzir a cooperação no país, onde já foram
investidos mais de R$ 25 milhões em pesquisas inovadoras com potencial de
causar um grande impacto na saúde global. Este tipo de parceria é crucial para
a promoção da inovação em saúde no país, pois permite o intercâmbio de conhecimento
e de informações entre pesquisadores brasileiros e de outros países. Além
disso, a pesquisa colaborativa com centros de excelência mundiais fortalece a
posição dos pesquisadores brasileiros no cenário internacional de inovação e de
ciência e tecnologia em saúde.
Em abril de 2017, a parceria entre o Ministério e a Fundação foi
renovada por mais cinco anos. O foco agora será em pesquisas sobre malária,
doenças transmitidas pelo Aedes
Aegypti, Ciência de Dados e Resistência aos Antimicrobianos.