Publicado em 02/03/2018 - saude - Da Redação
Com o período de chuvas em várias cidades,
população deve manter cuidados diários para eliminar o mosquito. O combate não
pode ocorrer apenas em determinados períodos, deve ser contínuo
O Ministério da saúde convoca a
população brasileira a continuar com a mobilização nacional pelo combate ao
mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O período do verão é o mais
propício à proliferação do mosquito Aedes
aegypti, por causa das chuvas, e consequentemente é a época de
maior risco de infecção por essas doenças. Por isso, a população deve ficar
atenta e redobrar os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito
As sextas–feira têm sido escolhidas como Dia Nacional de Combate
ao Aedes aegypti.
“O enfrentamento ao mosquito é prioridade do Governo Federal” explicou
o ministro da Saúde, Ricardo Barros. “A definição da sexta-feira como um
dia nacional para uma grande mobilização, demonstra o nosso empenho e
preocupação no combate ao Aedes
para que possamos evitar todas as doenças causadas por ele”, explica o
ministro.
Em todo o país, o Governo Federal, em parceria com os estados e os
municípios, realiza uma série de ações para conscientizar sobre importância de
eliminar os focos do mosquito, especialmente no verão, período mais favorável à
proliferação do mosquito. As ações integradas e simultâneas, em todo o país,
mobilizam prefeituras, governos estaduais e população. São previstas
distribuição de material educativo, visitas domiciliares, mutirões de limpeza
realizados pelos agentes de saúde, exposições educativas em escolas, entre
outras ações voltadas para a comunidade local.
CASOS – As três doenças
transmitidas pelo Aedes
agypti tiveram redução significativa. Até 3 de fevereiro, foram
notificados 22.586 casos prováveis de dengue em todo o país, uma queda de 39%
em relação ao mesmo período 2017 de (31.553). Com relação ao número de óbitos,
também houve redução, passando de 20 mortes no ano passado para nenhum nesse
período. Em relação à febre chikungunya, foram registrados 4.844 casos neste
ano, queda de 55% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram
registrados 10.630 casos. A redução do zika foi de 89%, passando de 2.981
registros para 330 em 2017. Em relação às gestantes, foram registrados 93 casos
prováveis, sendo nove confirmados por critério clínico-epidemiológico ou
laboratorial.
INFESTAÇÃO – O último Levantamento
Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes
aegypti (LIRAa) de 2017, consolidado em 31 de dezembro de
2017, foi realizado por 5.480 (98,4%) municípios de todo o país, sendo que
destes, 3.268 municípios apresentaram condição satisfatória com índices de
infestação menor que 1%, 1.445 municípios apresentaram estado de alerta, com
índice de infestação entre 1% a 3,9% e 461 restantes apresentaram risco de
epidemia, com Índice de Infestação superior a 4%.
O Mapa da Dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de Índices
de Infestação pelo Aedes
aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle
do mosquito. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os
bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o
tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a
realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o
planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti.
As ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti são permanentes e tratadas
como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus zika no
Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo
mobilizou todos os órgãos federais (entre ministérios e entidades) para atuar
conjuntamente, além de contar com a participação dos governos estaduais e
municipais na mobilização de combate ao vetor.
CAMPANHA PUBLICTÁRIA – Ainda para reforçar a
importância da prevenção, foi lançada em novembro nova campanha do Ministério
da Saúde de conscientização para o combate ao Aedes aegypti, que chama atenção da
população para os riscos das doenças transmitidas pelo vetor (dengue, zika e
chikungunya) e convoca a todos ao seu enfrentamento. O objetivo é mostrar que o
combate à proliferação do mosquito começa dentro da própria casa, sendo
responsabilidade de cada um, podendo gerar mudança positiva na vizinhança. O
material alerta: “Um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por
você. Faça sua parte e converse com seu vizinho”.