Publicado em 04/01/2020 - saude - Da Redação
Doença é altamente transmissível e contágio ocorre de pessoa para
pessoa, por gotículas expelidas por nariz, boca e garganta
O período de férias pede atenção especial em relação ao sarampo. Locais com aglomerações e o aumento no fluxo de pessoas para viagens e passeios aumentam os riscos de contágio para aquelas que ainda não estão imunizadas adequadamente contra a doença altamente transmissível. Para se proteger é fundamental estar com a vacinação em dia, especialmente quem vai se deslocar para outros municípios e regiões dentro e fora de Minas Gerais onde há a circulação do vírus, incluindo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, a região Nordeste e também o exterior.
A transmissão do sarampo acontece
diretamente de pessoa para pessoa, através de gotículas do nariz, boca ou
garganta. Entre os principais sintomas estão febre, manchas avermelhadas pelo
corpo, tosse, coriza, conjuntivite, fotofobia e pequenas manchas brancas dentro
da boca. A doença pode evoluir para formas mais graves, incluindo encefalite,
pneumonia e morte, principalmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de
idade.
Conforme explica o coordenador de
doenças e agravos transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG),
Gilmar Coelho, a melhor forma de evitar surtos e a transmissão do sarampo é
manter a população protegida por meio da vacinação, especialmente nos períodos
de festividades e viagens. “Estão suscetíveis à doença todas as pessoas que não
foram imunizadas, independente da idade. Portanto, todos aqueles que pretendem
viajar e que não possuem todas as doses necessárias devem receber a tríplice
viral quinze dias antes da viagem, para sua completa proteção e de seus
familiares”, afirma.
O Sistema Único de Saúde (SUS)
disponibiliza a vacina tríplice viral como principal forma de prevenção contra
o sarampo. Todas as crianças devem receber a chamada “dose zero” aos seis de
meses de vida, a primeira aos doze meses e a segunda aos quinze meses.
Adolescentes e adultos até 29 anos devem estar imunizados com duas doses, já
para a população de 30 a 49 anos uma única dose é necessária.
Para se vacinar, basta se dirigir
a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com o cartão de vacinação e um documento.
Aqueles que por algum motivo não possuem o cartão também devem procurar a
unidade mais próxima, onde a situação vacinal será avaliada e a atualização
feita conforme recomendações do calendário básico de vacinação.
Situação
epidemiológica
Em 2019 foram confirmados 130
casos de sarampo em Minas Gerais. Atualmente, outros 471 casos estão em
investigação. A SES-MG tem alertado os municípios para que todos os casos
suspeitos da doença sejam notificados em até 24 horas, além da implementação de
medidas de prevenção e controle da doença de maneira ampla e oportuna,
especialmente no período de férias.
Ações da SES-MG
Entre as ações da SES-MG para
controle do sarampo no estado está a emissão de alertas para profissionais de
saúde e municípios, elaboração de plano de contingência e fluxograma de
atendimento aos casos suspeitos. Também foi instalada uma sala de
situação/Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), nos meses de
setembro e outubro, com o objetivo de gerar informação de qualidade e em tempo
oportuno, além de fornecer respostas rápidas de forma intersetorial.
Foram definidos os serviços de
saúde referência no Estado para atendimento dos casos em crianças e adultos. A
SES-MG também disponibilizou de vitamina A em hospitais de referência
macrorregional para dispensação em casos potencialmente graves. Além disso,
seguindo orientações do Ministério da Saúde, a pasta promoveu, entre os dias
7/10 e 30/11, em parceria com as secretarias municipais de Saúde, a Campanha de
Vacinação contra o Sarampo.
Neste ano, a estratégia de
vacinação foi realizada em duas etapas, que contemplaram os grupos mais
acometidos pela doença no Brasil (crianças e jovens adultos) com o objetivo de
interromper a circulação do vírus do sarampo. Ao longo da primeira etapa foram
imunizadas crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade
desprotegidas ou com esquema vacinal incompleto. Já a segunda etapa teve
objetivo de atualizar a situação vacinal de jovens adultos com idade entre 20 e
29 anos.
Outras informações disponíveis em: www.saude.mg.gov.br/sarampo