Publicado em 01/11/2012 - ze-nario - Zé Nário
Uma parceria do Banco do Café e do Consulado Geral da República de San Marino, o evento também marcou o lançamento de uma marca de café especial, o Sanmarinese Blend. Como fica subentendido, a marca trabalhará com cafés de qualidade superior produzidos na região, que serão processados conjuntamente para formar uma mistura específica, com características que agradam o público europeu.
Segundo um dos técnicos envolvidos no projeto, o tecnólogo em cafeicultura Cláudio Bachião, da cidade de Nova Resende, o Blend é um café suave e de sabor marcante, características adquiridas pelas qualidades distintas do café produzido nas montanhas do sul de Minas e do norte de São Paulo.
O também tecnólogo em cafeicultura, Enrique Palma Neto, que trabalhará diretamente com a certificação das propriedades envolvidas, esclareceu que o projeto desenvolverá um trabalho diferenciado, de cunho educativo.
O objetivo principal do projeto, segundo Enrique, é a rastreabilidade do café, sempre levando em conta a sustentabilidade da produção, fatos que, aliados aos cuidados no processamento dos grãos, levam a um produto superior e mais valorizado, trazendo, por conseqüência, a rentabilidade.
Ainda de acordo com o tecnólogo, as propriedades interessadas em participar já podem buscar informações no site do projeto, onde será publicado o protocolo de intenções firmado entre a República de San Marino, o Banco do Café e os produtores locais.
O Cônsul Geral da República de San Marino, Giuseppe Lantermo Torre de Montelupo consignou o documento como representante daquele país e da Câmara Ítalo-brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura.
O empresário Alfredo Eduardo Elias Gonçalves, um dos mentores do projeto e gerente da Agropecuária Santa Inês, primeira empresa a aderir, ressaltou a receptividade que teve por parte do governo de San Marino, por ocasião de sua visita àquele país, agradeceu a todos pela presença e colocou-se à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Eventos desse porte deixam claro que os produtores de café da região começam a enxergar o futuro de forma diferente. Fica cada vez mais evidente que não é possível sobreviver no mercado sem a união de esforços e, principalmente, a tecnologia que envolve a sustentabilidade ambiental.
José Nário F. Silva / Muzambinho/MG