Publicado em 05/02/2014 - agronegocio - Da Redação
A marca ‘Cafés do Brasil’ foi utilizada na camisa da seleção brasileira de Futebol na Copa do Mundo de 1982 na Espanha
Estudos do Prof. Dr. Darcy Roberto Lima, divulgados no site da Associação Brasileira da Indústria de Café - Abic, entidade parceira do Consórcio, apontam a cafeína, como importante agente modulador do rendimento físico em vários tipos de atividades esportivas e potencializador da performance durante os exercícios. Em atletas que tomam café diariamente durante os treinos, na dose mínima de 4 xícaras, a cafeína atua como estimulante do sistema nervoso e, por retardar a sensação de fadiga, propicia o fortalecimento dos músculos. Ajuda, ainda, na mobilização de substratos de energia para o trabalho muscular. O resultado é mais rendimento físico e queima de gordura como fonte de energia em vez de açúcares encontrados nos carboidratos.
Cafeína no esporte – Nos últimos anos, a cafeína tem sido alvo de inúmeros estudos envolvendo práticas desportivas de resistência, como o ciclismo, o atletismo e a natação. No futebol, por exemplo, considera-se que a cafeína aumenta o desempenho, melhora o tempo de reação, atenção mental e processamento visual. De acordo com a nutricionista e coordenadora de projetos da Abic, Mônica Pinto, a cafeína, ingerida nas doses recomendadas, aumenta a descarga de endorfinas no cérebro. As endorfinas são substâncias que dão sensação de prazer; portanto, com mais endorfinas, os atletas têm mais estímulo para prosseguir a atividade física. “Esse estímulo é a chamada autogratificação, cujo nível mais alto é alcançado no cérebro com o consumo do café. Os cérebros, ao receberem essa informação de presença mínima de cafeína por meio do consumo diário de pelo menos 4 xícaras de café, têm mais capacidade de produzir a autogratificação, melhorando, ao longo do tempo, de forma significativa, o desempenho dos atletas. Esse efeito é observado tanto em atletas profissionais como nos de fim de semana, sendo mais comum nos primeiros em função da disciplina que a atividade física impõe”, explica Mônica.
Segundo artigos publicados nas Cartas Médicas Café & Saúde, a autogratificação faz com que o atleta treinado siga adiante ao atingir um ponto máximo de cansaço, que leva todas as pessoas sem treinamento a pararem por fadiga. De acordo com as pesquisas divulgadas, a cafeína também estimula o cérebro aumentando o estado de alerta e o funcionamento do coração. Além disso, poupa a glicose do músculo esquelético (quanto mais glicose no músculo mais se retarda a fadiga) e facilita o aumento da quantidade de cálcio dentro do músculo. O músculo vira um supermúsculo e a pessoa não tem sono ou cansaço. “Os atletas passam a utilizar a gordura como fonte de energia em vez de açúcares encontrados nos carboidratos, reduz a sensação de fadiga, melhorando o rendimento físico”, destaca a nutricionista da Abic. Estudos recentes demonstram também um aumento da força muscular, já que retarda a fadiga muscular, possibilitando um maior grau de carga e repetições de execução do exercício após a ingestão de cafeína.
Esses efeitos podem variar de pessoa para pessoa, oscilando de acordo com o peso e a regularidade em que a bebida é consumida. A ação do café no organismo atinge o pico cerca de 15 a 120 minutos após a ingestão e pode causar tolerância. Ou seja, progressivamente, maiores doses de cafeína deverão ser ingeridas para que se possa atingir o mesmo efeito.
Café e futebol – A relação entre café e esporte não se resume aos benefícios no desempenho e performance. Na Copa do Mundo de Futebol na Espanha em 1982, foi lançada a marca "Cafés do Brasil" para representar o patrocínio do Instituto Brasileiro do Café - IBC à Confederação Brasileira de Futebol - CBF. A marca, que ficou conhecida nos últimos 32 anos como símbolo do café brasileiro, foi bordada no escudo da CBF. Hoje a marca Cafés do Brasil, registrada no ano 2000 no Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI pela Associação Brasileira da Indústria do Café - ABIC, é utilizada para identificar, em todo o mundo, os cafés de origem brasileira. O logotipo "Cafés do Brasil" pode ser utilizado por entidades do Governo Brasileiro, empresários e exportadores, contanto que usem a marca corretamente para criar identidade para os cafés brasileiros e contribuir para o fortalecimento da imagem da cafeicultura brasileira no Brasil e no exterior. (Para utilização da marca Cafés do Brasil, consulte o Manual de Construção e Uso da Logomarca).
Café e Saúde - Decifrar os efeitos do café na saúde humana tem sido objetivo da comunidade médica e de pesquisadores em nível internacional. Nesse contexto, entre os vários estudos estimulados ou patrocinados pelo Consórcio Pesquisa Café, há os que vêm comprovando que o café pode ser consumido por pessoas com problemas no coração. Pesquisas com esse objetivo, há quatro anos, vêm sendo desenvolvidas na Unidade Café e Coração doInCor por meio de parceria com o Consórcio. Para saber mais sobre essas pesquisas, clique aqui. Outro exemplo de estudo é o que demostra os efeitos sensoriais causados pelo aroma do café no cérebro, especificamente nos mecanismos de recompensa (prazer) e motivação. Para saber mais, acesse aqui. Esses dois temas, coração e cérebro, estudados sob o ponto de vista do consumo de café, foram objeto de debate no Workshop Café & Saúde, patrocinado pela Abic e Embrapa Café em São Paulo em 2012.
Café, alimento funcional – Estudos também realizados em parceria com o Consórcio pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJapontam que o café é uma bebida nutracêutica (nutricional e farmacêutica), rica em diversos compostos importantes para o organismo como minerais, vitamina B (niacina), ácidos clorogênicos (antioxidantes naturais formados no processo adequado de torra), e quinídeos. Os ácidos clorogênicos e os quinídeos também ajudam a prevenir doenças físicas, mentais e neurodegenerativas, como câncer de cólon/reto, mama e fígado, diabetes, Parkinson, Alzheimer, depressão e suas consequências (tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas e suicídio). Para saber mais, acesseaqui.
Copa do Mundo de Futebol - Em 2014, torcemos para que os Cafés do Brasil continuem campeões nos campos das principais regiões produtoras, mantendo o nosso País como maior produtor e exportador mundial do produto. Que o nosso País também assuma a primeira posição mundial de consumidor da bebida, hoje ocupada pelos EUA. Por fim, que esse sucesso nas lavouras melhore a renda dos produtores e dos demais elos do agronegócio café e também impulsione a vitória da nossa seleção nos campos de futebol durante a Copa do Mundo no Brasil.
Consórcio Pesquisa Café – Criado em 1997, congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.
Fonte: Embrapa/Café