2º Concurso Qualidade de Cafés já tem vencedores

Para valorizar a produção cafeeira local, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho promoveu, em parceria com a Emater e Sindicato dos Produtores Rurais, a segunda edição do Concurso Qualidade de Cafés do Município de Poços de Caldas. O evento foi realizado no Espaço Cultural da Urca, na manhã da sexta-feira (16/10), dentro da programação do Café e Cultura.
O objetivo do Concurso é conscientizar os cafeicultores do município sobre as vantagens da produção de um café diferenciado. Os produtores poços-caldenses puderam participar com amostras da espécie arábica, bica corrida, de bebida fina, preparado por via seca (café natural), que preencheram os requisitos mínimos do concurso (cafés colhidos no pano, livres de grãos de derriça e varrição, peneira da safra e produção 2009/2010).
Neste ano, foram inscritas 27 amostras. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Marcos Tadeu Sala Sansão, o município tem potencial para estar no topo da lista na produção de cafés diferenciados. “O Concurso Municipal de Qualidade de Cafés veio para quebrar paradigmas e mostrar aos produtores que o café de Poços é um dos melhores do mundo. O concurso também veio para corrigir as dificuldades de quem não está sabendo produzi-lo”, destaca.
Segundo levantamento da secretaria, o município possui mais de 400 fazendas com plantações de cafés. O Concurso é um incentivo para a produção de cafés de qualidade e também deve melhorar os valores de comercialização, destacando a região como produtora dos melhores cafés.
“A ideia é fortalecer o café com o nome de Poços de Caldas. Para isso, é necessário fortalecer o produtor para que ele saiba como produzir um café de qualidade, quais são as exigências do mercado, como ele pode agregar valor ao produto”, ressalta o extensionista da Emater, Péricles Alexandre Squaris Marques. “O café especial, voltado para o concurso, tem um diferencial de preço que às vezes chega a 100%. É necessário que o produtor entenda a importância da melhoria dos tratos culturais, principalmente no pós-colheita. Não adianta somente ter café no pé. O café de qualidade precisa ser bem colhido e na época certa, bem armazenado, mantido numa umidade ideal, que fica em torno de 11%”, explica.
Em primeiro lugar no concurso, ficou o produtor Luiz Carlos Zanetti, com saca comercializada a R$ 600,00. Em segundo, ficou Claudinei Rubens Zanetti, com cada saca avaliada em R$ 500,00. Benedito Alencar Marcondes alcançou a terceira colocação (R$ 400,00), seguido por André Sanches (R$ 301,00). Em quinto lugar, ficou a amostra de Sebastião Carlos Bertozzi, com saca comercializada a R$ 300,00.

Café e Cultura
De 14 a 18 de outubro, Poços sedia a terceira edição do Café e Cultura, que congrega, neste ano, o Simpósio de Cafeicultura Familiar e o 2º Concurso Qualidade de Cafés do Município, além de atividades culturais. O objetivo é reunir produtores, empresários, políticos, pesquisadores, técnicos do governo e representantes de cooperativas e sindicatos para discutir políticas públicas para o setor e novas tecnologias de produção.
As atividades culturais, dirigidas ao consumidor final, acontecem de 16 a 18 de outubro, no Parque José Affonso Junqueira, com exposição de marcas de café, artesanato e gastronomia à base de café e baristas especializados que vão preparar bebidas diferenciadas.