A importância da mecanização da lavoura

Publicado em 27/01/2010 - agronegocio - Assessoria de Comunicação

972_26O engenheiro agrônomo Vital Santiago Nogueira é um fabricante de maquinário agrícola, voltado para colheita e preparo de café. Desde que criou seu primeiro lavador de café, não parou mais. Hoje ele é conhecido e respeitado nacionalmente no setor e esteve na segunda-feira, 25, visitando a Cooparaiso e a fazenda Diamantina, a fim de apresentar a sua colhedora.
Ele diz que não haverá espaço, em um futuro breve, para uma lavoura de café sem a mecanização, por causa dos altos custos da mão-de-obra, sendo uma grande despesa para o produtor que já tem que arcar com os baixos preços pagos ao café, que não cobrem o custo de produção. “Antigamente colhia milho, feijão e inúmeras culturas à mão, hoje não se faz mais isso e o café não será diferente. Tem que ser mecanizado por causa do custo da mão-de-obra e pela falta dela; provocada pela migração do homem do campo para a cidade”.
Depois de fabricar máquinas para lavar café, Vital fabricou abanadores e outros implementos para beneficiar o café. Atualmente ele se dedica às máquinas para a colheita, uma pequena, que ele recomenda para o produtor que colhe até mil sacas de café. “Agora estou desenvolvendo a colhedora automotriz que servirá produtores maiores”, conta Vital.
Para o fabricante, a geografia montanhosa de Minas Gerais não é impedimento para mecanizar a lavoura. “É preciso trabalhar com equilíbrio. No instante em que a propriedade possuir uma máquina colhedora, o proprietário irá colher nas áreas em qu a máquina pode atuar e nas áreas de morros utilizará a mão-de-obra. Nada impede que ele mecanize a sua lavoura. Assim vai haver um equilíbrio de oferta de mão-de-obra”, aconselha ele.
Vital diz que apesar de o investimento em maquinário ser mais alto, o produtor acabará economizando se comparar com o seu gasto em mão-de-obra. “O custo de uma colheita mecanizada é cerca de 7% do custo da colheita manual”.
Ele conta que há poucos fabricantes de máquinas para colher café no Brasil. “Não é fácil fabricar em série uma máquina de colher café, porque o investimento da fabricação é muito alto. A indústria brasileira do setor produz poucas máquinas e isso é um problema sério quando se pensa em uma quantidade que fosse capaz de dar uma guinada no que vemos hoje na lavoura”, concluiu o fabricante de máquinas para café, Vital Santiago Nogueira que, segundo especialistas do ramo, é um dos mais respeitado estudioso de desenvolvimento desse tipo de maquinário no país.