Cafeicultores aguardam medidas do governo para tentar manter a atividade

Publicado em 14/11/2013 - agronegocio - Da Redação

Café: Preço do grão atinge menor patamar em 11 anos. Em Minas Gerais (MG), municípios que dependem do café têm cada vez mais desempregos. Cafeicultores reivindicam preços justos para o grão e renegociação das dívidas. Expectativa é que o governo libere medidas nos próximos dias.

Os preços do café atingiram o patamar mais baixo dos últimos 11 anos e continuam caindo, sendo que, em um único mês, de setembro para outubro, a cotação caiu 7%, baixando para R$ 243,00/saca, segundo dados do Cepea. Já em Nova Resende (MG) o café de qualidade está a R$ 220,00/saca, enquanto o grão sem qualidade está a R$ 180,00/saca.

O município possui 16 mil habitantes e depende 100% da cafeicultura, já que existem 4 mil produtores na cidade, que, ao todo, colhem 400 mil sacas de café. Segundo Emídio Madeira, representante dos cafeicultores do Sul e Sudeste de Minas Gerais (MG), a situação está virando um caos, o município está parando e o desemprego é cada vez maior.

Para chamar a atenção da sociedade para a atual crise do setor, a Câmara do Café da Mata de MG realizou uma manifestação em que queimaram sacas de café. Além disso, os cafeicultores já foram a Brasília 9 vezes e esperam que as medidas de apoio ao setor sejam liberadas nos próximos dias conforme o prometido.

As principais reivindicações dos cafeicultores são preços justos para o café e a renegociação das dividas, uma vez que a atividade se encontra nessa situação por falta de uma política para o café, que é extremamente importante nesse momento.

“Em MG o café foi a alavanca do estado e do país e hoje é uma classe completamente desvalorizada e desmerecida, na qual todos os produtores estão em dificuldade mesmo trabalhando. Não é justo e não é fácil passar o que nós estamos passando”, completa Emídio.

O governo deve liberar cerca de 8 a 9 medidas nos próximos dias para ajudar o setor. Os cafeicultores querem 10 anos para pagar as dívidas e 2 safras para começar a efetuar o pagamento, caso contrário o problema será prolongado para 2014, já que uma safra é necessária para organizar a situação e a outra para começar a pagar as dívidas.

Fonte: Notícias Agrícolas // João Batista Olivi e Paula Rocha

Assista a reportagem na íntegra :

http://www.youtube.com/watch?v=_rCpx_fRO3E