Publicado em 18/11/2016 - agronegocio - Da Redação
O deputado Emidinho Madeira, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cafeicultura e vice-presidente da Comissão de Agropecuária e Agroindústria na Assembleia de Minas, fez um pronunciamento forte em defesa do homem do campo e da produção rural. A abordagem foi na quinta-feira (17/11), na sede da Emater, em Belo Horizonte, durante a abertura do 1º Encontro de Técnicos Agrícolas de Minas Gerais. O deputado, que também é cafeicultor no Sul de Minas, era o único parlamentar presente no evento. Segundo Emidinho Madeira o produtor rural é, acima de tudo, um guerreiro que luta contra tudo quanto é dificuldade. “Já tem bastante tempo que a gente acompanha a situação do homem do campo que sido o grande “Salvador da Pátria” neste país. Sempre quando outros setores da nossa economia vai mal é o agronegócio que segura a “peteca”. Além de gerar muita riqueza para nosso Estado e nosso país, o produtor rural é muito solidário. Em nossa região, com a ajuda dos produtores, conseguimos construir um hospital em Passos, para tratar do câncer. Muitas entidades sociais como as apaes, creches e outras, estão funcionando graças ao espírito de participativo do homem do campo. Então tudo o que gente fizer ainda será muito pouco diante do essa classe faz pelo nosso Brasil”, disse o deputado, que ressaltou também a enorme importância dos técnicos agrícolas para o desenvolvimento do setor rural através da implantação de novas tenologias. “Precisamos valorizar mais os técnicos agrícolas. Na maioria das vezes as soluções partem deles que são profundos conhecedores dos problemas que ocorrem na prática rural”, disse.
O presidente da Emater-MG, Glênio Martins, enalteceu a presença do deputado Emidinho Madeira. “É muito bom ter um deputado parceiro como o Emidinho. É um deputado que investe, participa, acompanha e veste a camisa do homem do campo”, disse o presidente da Emater, em alusão ao grande aporte de emendas que o deputado vem destinando à Emater para investimento no programa “Mais Genética”, voltado para melhoramento genético através da inseminação artificial.
Sobre o encontro:
A iniciativa do encontro é da Emater-MG, Sindicato dos Técnicos Agrícolas de Minas Gerais (Sintamig) e Sindicato dos Trabalhadores da Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Sinter-MG). Entre os principais pontos a serem discutidos está a emissão do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO). De acordo com o gerente da unidade regional da Emater-MG em Belo Horizonte, Vitório Freitas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) exige que os profissionais passem por um treinamento para serem autorizados a emitir o documento. Porém, segundo Freitas, uma portaria do MAPA não permite que os técnicos agrícolas façam essa capacitação. De acordo com o gerente, isso contraria um decreto federal que autoriza o técnico agrícola a emitir “laudos e documentos de classificação e exercer a fiscalização de produtos de origem vegetal, animal e agroindustrial”.
Segundo Vitório Freitas, se essa regra mudar, os técnicos agrícolas irão ampliar a sua atuação e melhorar a sua remuneração já que poderão receber um valor por cada CFO emitido. Ainda de acordo com Freitas, o produtor também será beneficiado tendo um número maior de profissionais à sua disposição para a retirada do documento.
Outra questão a ser discutida é o valor de projetos de crédito rural que os técnicos agrícolas podem assinar. De acordo com Vitório Freitas, os técnicos agrícolas só podem assinar projetos no valor máximo de R$ 150 mil. O gerente explica que esse valor está defasado já que, hoje, o agricultor familiar pode financiar, por exemplo, cerca de R$ 360 mil pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Também nesse caso, os técnicos agrícolas irão ampliar a sua atuação e poderão melhorar a sua remuneração, pois poderão receber um valor para cada projeto elaborado. Vitório ressalta que, com isso, haverá mais profissionais para atender produtores que precisam financiar um valor superior a R$150 mil reais.
A organização do evento espera elaborar um documento no final da reunião que será enviado ao MAPA com sugestões sobre as questões abordadas.
“Esse encontro será importante para a mobilização dos técnicos agrícolas de Minas Gerais e para discutirmos algumas questões legais para esses profissionais, como a criação de um conselho próprio para que defenda e fortaleça a categoria”, diz Vitório Freitas.
FONTE: ASCOM