Publicado em 05/12/2019 - agronegocio - Da Redação
Projeto
desenvolvido em parceria com EMBRAPII garante qualidade na torra de cafés
especiais de forma econômica e versátil para uso doméstico
O café segue
sendo protagonista no cardápio de bebidas do brasileiro. Uma pesquisa da
Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC) revelou que o consumo no
Brasil representa 13% do que é bebido de café em todo o mundo, ficando atrás
apenas dos Estados Unidos. Pensando nesta preferência e em soluções práticas
para quem aprecia e trabalha neste segmento, a EMBRAPII (Empresa Brasileira de
Pesquisa e Inovação Industrial) investiu no projeto da empresa Carmomaq para o
desenvolvimento de um torrador com o padrão de qualidade das máquinas
industriais, de fácil manuseio, com baixo custo energético e financeiro para ser
utilizado em casas ou cafeterias.
O projeto foi
viabilizado pelo Polo Agroindústria do Café, do Instituto Federal Sul de Minas,
Unidade EMBRAPII. Atualmente, muitos dos torradores que existem no mercado são
grandes máquinas a gás que operam em alta potência gerando gasto elevado, além
da necessidade de profissionais capacitados para fazer as torras. Com o novo
projeto, será possível atingir os níveis de exatidão de temperatura e fluxo de
ar, essenciais para torra de cafés especiais, mas com baixo consumo elétrico e
de fácil utilização.
O torrador,
que também pode ser usado para outros tipos de grãos, como amendoim e castanha,
está sendo patenteado e, assim que concluído o processo, estará disponível para
comercialização.
Segundo
Leandro Carlos Paiva, diretor do Polo Agroindústria do Café do IF Sul de Minas,
a novidade vai possibilitar que o amante do bom café o prepare usando o grão
fresco, recém-torrado. "O Polo Agroindústria do Café junto com a EMBRAPII
tem viabilizado, não somente as necessidades internas das indústrias, mas
criando novos equipamentos para um setor historicamente importante para o
Brasil e que ainda tem muitos de seus equipamentos antigos e sem a tecnologia
do momento. Queremos mudar isso", afirma.
Modelo de
investimento EMBRAPII
As empresas
que possuem um projeto avaliado como inovador devem se associar a uma das 42
Unidades EMBRAPII existentes no país, tais como centros de pesquisas e
institutos federais, por exemplo. Caso aprovados, após avaliação técnica, os
gastos para o desenvolvimento são divididos em três partes. A EMBRAPII fica
responsável por um até um terço do investimento, o restante é dividido entre a
Unidade, que disponibiliza mão de obra e equipamentos, e a empresa demandante.
"As parcerias entre a iniciativa privada e os centros de pesquisa brasileiros, com certeza, podem contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional e para aumentar a produtividade dos seus negócios. Ao aproximar empresas e instituições de pesquisas, a EMBRAPII tem permitido que o país inove e que os processos tenham a celeridade e flexibilidade exigidas pelo mercado", conclui o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Almeida Guimarães.
ASCOM