Publicado em 01/08/2014 - agronegocio - Da Redação
O mercado de café arábico dá sequência aos movimentos de alta dos dois últimos dias na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US). O vencimento setembro apresentou 179,15 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos com entrega para dezembro fecharam em 182,80 cents/libra-peso. Março/2015 cresceu 85 pontos, para cravar 186,00 cents/libra-peso e maio/2015 registrou 187,85 cetns/libra-peso.
De acordo com esse cenário, pesquisadores indicam que uma florada extemporânea pode ocorrer. “Para abrir florada é preciso que ocorra o amadurecimento das gemas e como o período de estiagem foi grande, esse amadurecimento foi mais rápido. Sendo assim, depois que a chuva acontece, as flores abrem”, detalhou o pesquisador Roberto Tomaziello, do Instituto Agrônomo de Campinas (IAC).
O engenheiro agrônomo da Cooxupé, Éder Ribeiro, também explica que “para a florada abrir é preciso que a lavoura acumule 350ml de água contando a partir de 1º de abril, porém para algumas plantações novas ou podadas, esse acúmulo pode iniciar no mês de fevereiro, sendo assim, são as mais propensas abrir florada”.
Essa florada extemporânea, se confirmada, pode trazer prejuízos para os produtores. Em época de colheita é bem provável que a flor caia no processo. Mesmo as produções com a colheita já finalizada podem ter problemas, porque a flor pode abortar ou caso a florada seja muito distante uma da outra, a probabilidade da desuniformização é grande. “Além disso, nesse panorama, a incidência de broca no café é maior e também é maior a dificuldade no controle”, frisa Éder.
Apesar disso, os pesquisadores acreditam ser cedo ainda para uma preocupação. “Tudo vai depender dessas próximas chuvas. Caso sejam confirmadas, os cafeicultores podem ter a florada antecipada de forma abrangente”, analisou Gladston Carvalho, pesquisador da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).
O engenheiro agrônomo da Cooxupé concorda: “Teremos um melhor panorama dessa situação na semana que vem, depois que totalizarmos o volume de chuva nas regiões cafeeiras”.
Fonte: Notícias Agrícolas // Talita Benegra