Os males do café na garrafa térmica

Publicado em 31/10/2014 - agronegocio - Da Redação

É senso comum chegar numa repartição pública, na Esplanada dos Ministérios; no Congresso Nacional, onde esta foto foi feita; no Palácio do Planalto ou no Supremo Tribunal Federal - onde trabalham as mais altas autoridades do país - e encontrarmos garrafas térmicas abarrotadas de café. Em muitos casos, o café está ali, trancado, há horas e horas. Também não é raro que as surradas térmicas tragam a inscrição: “Café adoçado”.

Se por um lado a garrafa térmica é prática porque mantém qualquer líquido aquecido por um bom tempo, por outro é preciso lembrar o processo acelerado de oxidação do café.

O engenheiro químico Ensei Neto adverte que "as reações têm sua velocidade duplicada a cada aumento de 10º C, acima do meio ambiente, que está em média a 25ºC". A consequência é que, dentro da térmica, a 50º C, o café vai se oxidar duas vezes mais rápido.

A consequência é que queda da qualidade da bebida sob influência dessa reação química com perda de aroma e alteração no sabor. Ou seja, café bom é café passado na hora, servido para ser tomado na hora que é feito. Ou, como diz um produtor rural do interior de Minas Gerais: “Café cru tem anos de vida. Café torrado, em grãos, algumas semanas. Café moído, no máximo horas. Depois de passado, o café é pra ser servido no mesmo instante”.

Fonte: ne10 - Por Romoaldo de Souza