Publicado em 02/05/2011 e atualizado em 02/05/2011 - agronegocio - Assessoria de Comunicação
Uma das bandeiras de campanha do governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, foi a criação e gestão do Fundo Estadual do Café, como política para o fortalecimento de uma das atividades econômicas mais estratégicas do Estado. Visando à sua constituição, representantes do setor se reuniram para debater a origem e destino do fundo setorial, na quinta-feira (29), na Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. Depois de apresentados relatos de experiências em outras culturas, foram criadas duas comissões para elaboração de um projeto estruturador para a constituição e destinação do Fundo.
A comissão que tratará das aplicações potenciais e estratégicas para o Fundo ficou sob a coordenação do gerente executivo do Polo de Excelência do Café (PEC), sediado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), Edinaldo José Abrahão.A comissão que tratará da origem dos recursos para constituição do Fundo ficou sob a coordenação de Francisco Maurício Barbosa Simões, presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).
Para transformar conhecimento em desenvolvimento
Durante a reunião, o gerente do PEC, Edinaldo Abrahão reforçou a necessidade de serem instituídas políticas públicas que contribuam para o avanço da cafeicultura mineira, não apenas criação de um fundo de socorro ao endividamento do setor. Destacou a importância de se tratar de um fundo que promova a competitividade da cadeia como um todo, evitando prioridades segmentadas. “Não podemos ficar olhando para o retrovisor. Somos a maior cafeicultura do mundo e devemos apoiar a transformação do conhecimento historicamente acumulado para o desenvolvimento econômico e social de todos os elos do sistema agroindustrial do café mineiro”, afirmou.
Dentre as necessidades prioritárias, Abrahão citou a vulnerabilidade do setor perante o desconhecimento de seu próprio parque cafeeiro e de suas potencialidades de mercado pela falta de uma caracterização detalhada da qualidade produzida em cada região do Estado. Ressaltou ainda alguns temas que têm sido defendidos pelo PEC, como o fortalecimento do Programa Certifica Minas Café com a valorização do café certificado, a necessidade de treinamento de profissionais que servem o café em estabelecimentos comerciais e hotéis e a importância de um programa de inteligência competitiva por meio de um Bureau. Citou ainda a necessidade de um programa de renovação das lavouras do Estado, com atenção à sustentabilidade da cultura.
Fonte: Polo de Excelência do Café