Biblioteca Municipal Machado de Assis tem acervo histórico

Publicado em 30/04/2021 - cidade - Da Redação

Biblioteca Municipal Machado de Assis tem acervo histórico

MUZAMBINHO - A Biblioteca Municipal Machado de Assis, tem 25 mil exemplares no seu acervo. Há 42 anos. Os livros começaram a ser emprestados a população por iniciativa de um vereador, explica, o chefe da biblioteca Fernando Silva. “Foi durante a administração do prefeito Sebastião Del Gáudio, que o vereador e hoje juiz aposentado Marco Antonio Vilas Boas criaram a biblioteca municipal. O professor Nilson Bortoloti, era secretário da câmara municipal e juntos em 1973 em uma sala da antiga prefeitura montaram e catalogaram os livros para empréstimo da população. Depois o acervo cresceu e foi para o antigo prédio do colégio comercial, vindo para o subsolo da prefeitura e atualmente ocupa aqui está sala no edifício Montipó.

Tem também um espaço dedicado as crianças, dentro da biblioteca municipal   o que mostra a importância na formação das novas gerações através do livro, disse a professora e secretária de educação Heloisa Magalhães.

Nas cidades onde não há livrarias as bibliotecas são a alternativa para a leitura de obras clássicas ou de obras de autores do município. Mesmo com a evolução da tecnologia o registro da história é na escrita, fala o escritor Paulo Dipe.

Roberto Carlos, para celebrar seus 80 anos fez questão de registrar sua trajetória de sucesso com um lançamento de um livro, o que mostra que a história fica registrada com a escrita, um documento, enfatiza Fernando.

ESPAÇO LEITURA - A secretaria de educação também conta com o espaço de leitura Wilson Hilário Borges, jornalista que dou 3 mil livros jurídicos para o município o auxiliar administrativo Jose Donizete, responsável pela catalogação das obras.

Para a jornalista Vera Vervi, “a doação foi um pedido do Wilson, antes de morrer ele me fez prometer que os livros viriam para Muzambinho sua cidade natal. Os livros sempre foram a razão de existir do Wilson, que inclusive teve uma editora, “disse a jornalista e viúva por telefone. Wilson Borges registrou em testamento o desejo da doação à cidade de Muzambinho. Vera Lúcia explica que isto ocorreu porque o Wilson, teve uma infância muito difícil no município, pois não tinha acesso aos livros. Nascido em Muzambinho no ano de 1940, a cidade não tinha biblioteca. Como a leitura era a sua grande paixão, é possível dimensionar o seu sentimento. Quando ganhava livros, cuidava e guardava num caixote. Portanto, decidiu fazer a doação de todo acervo para a cidade natal para que outras gerações não sofressem do mesmo mal que sofreu na infância. 

SERVIDOR - Para Vantuil Augusto, servidor público da limpeza pública que frequenta a sala de leitura “eu após meu trabalho sempre venho aqui ler, é um espaço agradável e os livros que tem aqui me fazem descansar, eu gosto muito de ler, e saber que seu Wilson, queria que lêssemos me anima, fico muito à vontade neste ambiente de leitura,” diz folheando um dos exemplares que acabou de ler.

Para o secretário de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo, Wilsinho Lima “além da biblioteca e do espaço de leitura, temos na Casa de Cultura Dr. Licurgo Leite a sede da Academia de Letras de Muzambinho. A mesa e as cadeiras dos catedráticos são uma peça feita pelo entalhador Neger Ludovichi, uma obra de arte. Nossas histórias está registrada em livros dos escritores que vivem e conhecem nossa gente. A casa da cultuar abriga com muito orgulho a sede da Academia Muzambinhense de Letras, que reúne os escritores do município. Também acolhemos os autores de outras cidades que aqui passam e deixam seus trabalhos para as próximas gerações estudarem e conhecerem através da literatura e da poesia os encantos e possibilidades que a leitura oferece,” disse o secretário,

 

Colaborou: Valéria Vilela