Publicado em 25/07/2019 - coluna-minas-gerais - Da Redação
Lei em Ipatinga multa dono de animal
Não recolher fezes de cães e gatos poderá em breve render multa em
Ipatinga. De acordo com projeto de lei
aprovado em 2º turno nesta semana, pelo plenário
da Câmara Municipal de Ipatinga, os donos de pets serão obrigados a fazer a
limpeza e a remoção adequada das fezes geradas por animais domésticos em praças,
parques, ruas e qualquer outro local público sob pena de ser advertido ou até
mesmo multado. O proprietário do pet que descumprir essa exigência receberá
notificação por escrito. Caso cometa outra infração, será multado em uma Unidade
Fiscal Padrão da Prefeitura Municipal de Ipatinga (UFPI), hoje no valor de R$
114,84. E se novamente for flagrado, o dono será multado em dobro,
penalidade que pode alcançar quase R$ 230. (Diário do Aço - Ipatinga)
Cruz de Todos os Povos é apresentado
Esteve
presente em Divinópolis a Coordenadora-geral de Mobilidade e Desenvolvimento
Urbano do Ministério do Turismo, Thaís Amaral Moura, em uma reunião para tratar
sobre a construção da Cruz de Todos os Povos, na tarde desta terça-feira, 23,
no Centro Administrativo da Prefeitura. Anunciado em 2016 , projeto vai ser no
Morro da Gurita, em Santo Antônio dos Campos. O executivo já realizou obras de
melhorias no acesso ao local, para a entrada do maquinário utilizado nos
trabalhos e busca auxiliar o andamento das obras. As cruzes se referem à
Trindade Santa (Pai, Filho e Espírito Santo). (Gazeta do Oeste- Divinópolis)
Festival Gastronômico é aprovado
O Festival
Gastronômico de Córrego Fundo foi aprovado para participar da 7ª Jornada do Patrimônio
Cultural de Minas Gerais. A inscrição do evento é parte das ações para a
pontuação do município no ICMS Cultural, um programa de incentivo à preservação do
patrimônio cultural do Estado de Minas Gerais. A Jornada é uma ação promovida pela
Secretaria de Cultura do Estado, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio
Histórico
e Artístico
(Iepha-MG). De acordo com o Iepha-MG, o objetivo é mobilizar municípios,
entidades e agentes culturais para a realização de atividades que sensibilizem
a sociedade para a promoção, valorização e preservação do patrimônio cultural.
(Jornal Nova Imprensa- Formiga)
Casu comunica redução de atendimentos
A
Fundação Educacional de Caratinga, por meio do Hospital Irmã Denise (Casu),
enviou nota à imprensa esclarecendo que, conforme acordo firmado entre a
Funec e a Prefeitura de Caratinga, por decisão do município, desde a data de
segunda-feira, 22, os atendimentos do convênio SUS foram reduzidos na unidade
hospitalar que vai deixar de atender a cirurgias em geral, ortopedia, gestantes
de alto risco e UTI neonatal. O Casu vai permanecer atendendo pelo Sistema
Único de Saúde na forma de porta aberta em atendimento a gestantes
classificadas como risco habitual, e internação de pediatria e de UTI adulto
via SUS Fácil.
(Diário
de Caratinga)
IFMG recebe doação de rochas e minerais
Estudantes
dos cursos técnicos e de graduação do Ifmg-GV vão ser beneficiados com a
doação de amostras de rochas e minerais de todo o Brasil, feita pelo
Departamento de Geologia da Universidade Federal de Ouro Preto (Degeo/Ufop). O
material didático inclui gemas preciosas da região de Governador Valadares,
como turmalina e água marinha. A solicitação do material foi feita pelo professor
do campus Rafael Madureira, engenheiro geólogo e mestrando pela Ufop. O docente
explica como se dar o aproveitamento do material nas atividades acadêmicas:
"Vamos
criar um laboratório expositivo de petrografia macroscópica para ser utilizado
como material didático em várias disciplinas". (Diário do Rio Doce-
Governador Valadares)
Montes Claros e Janaúba ganharão Apacs
O
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) vai liberar cerca de R$ 10,7 milhões
para a construção, reformas e ampliação de 19 associações de Proteção e Assistência
aos Condenados (Apacs). Esse valor inclui as construções de Apacs em Montes
Claros e Janaúba. Atualmente, no Norte de Minas, só os municípios
de Salinas e Pirapora dispõem da instituição financiada pelo governo. Em Januária
há
uma em funcionamento, mas é mantida com recursos próprios e pela sociedade
civil. Os valores são originados dos fundos de penas pecuniárias. A expectativa é a
de que mais de mil vagas sejam criadas e que as obras de ampliação e construção
sejam inauguradas até o início de 2020. (Jornal O Norte- Montes Claros)
Hospital assina para implantar hemodinâmica
A última
segunda-feira, 22, foi mais uma data histórica para o Hospital São Lourenço. Tudo
porque firmou-se, oficialmente, o início da implantação do serviço de
hemodinâmica na Instituição - cujas obras vão ter início em menos de 60 dias.
O contrato do novo serviço foi assinado pelos presidentes da Diretoria
Executiva do Hospital, Márcio Santiago e do Conselho Curador, Gilson Belém - juntamente com
representantes da empresa parceira do serviço de Hemodinâmica: Dr. Giovani de
Almeida Dias e Marcelo Paiva Rodrigues Canut de Souza. (O Popular Net- São
Lourenço)
Do acordo meio cheio, meio vazio
Stefan Salej
Está difícil de distinguir, nas recentes discussões sobre o papel do
Brasil no mundo, o joio do trigo. A centralização do debate na nomeação do novo
embaixador do país nos Estados Unidos nos afasta de dois importantes atos da política
externa brasileira, construídos ao longo de décadas, mas concluídos
agora, que são a nossa adesão à OCDE, Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Econômico, e o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Os
dois feitos terão um papel estruturante na economia e na sociedade brasileiras
nas próximas
décadas,
que está
sendo totalmente desprezado e subestimado pela sociedade econômica brasileira,
e aí
incluído
a sociedade civil e política.
A adesão à OCDE vai requerer alguns ajustes
fundamentais tanto do estado brasileiro como das empresas, independentemente de
que já
estamos cumprindo mais de 75 % de todos os requisitos que harmonizam as ações e
politicas públicas dos 45 estados membros da organização. Mas, o perigo mora
nos detalhes do restante. Não só teremos que adaptar normas e legislação,
em especial na área de empresas estatais, combate à corrupção, transparência
de contas públicas, entre outros, mas também o governo terá que adaptar suas políticas,
por exemplo na área social, de educação, a serem monitoradas e analisadas constantemente
por um organismo internacional. E não me consta que no debate sobre esses
estudos e análises poderemos, como é a tradição
brasileira, contestar envoltos na bandeira nacional, dizendo que os gringos
querem prejudicar o Brasil. O jogo vai exigir um comportamento analítico
e de adoção de políticas públicas bem diferente do que se jogava até então.
No caso de Acordo com a União Europeia, a situação é
diferente. Primeiro o acordo é fundamental para os europeus. A Europa
vive do comércio internacional mais do que qualquer bloco ou país
do mundo. Hoje não tem mais as colônias (com exceção dos territórios
holandeses, franceses e britânicos na América Latina) onde desovava sua produção e
das quais recebia matérias primas a preços aviltados. Os chineses estão pressionando a
entrada na Europa com sua Rota da Seda, conquistaram a África, avançaram
tecnologicamente e fizeram alianças na
Ásia que diminuem o poder dos europeus.
A UE não consegue fechar um acordo com os Estados Unidos
nem acordos com países como o Japão, Vietnã e Canadá, que não são comparáveis
com as vantagens que oferece o acordo
com o Mercosul. Este acordo apresenta um mercado de 68 bilhões de euros por ano
para 60 mil empresas europeias. As exportações para o Mercosul geram 855 mil
empregos diretos na Europa e mais 436 mil empregos no Brasil. As
empresas europeias deixarão de pagar anualmente 4.5 bilhões de euros em taxas e
tarifas, aumentando seus lucros conforme reza o acordo.
Mas, o outro lado é que conta: as empresas do Mercosul terão
portas abertas nos mercados europeus, nos quais não se sabe se está
incluída
A Grã Bretanha. E ai vem a questão básica: quanto somos competitivos e em que
produtos para vender mais aos europeus. Enquanto eles, que têm investidos no Brasil
mais de 300 bilhões de dólares, estão se preparando para invadir o mercado brasileiro, o
que está
sendo feito do nosso lado, ninguém sabe.
Para sermos competitivos e aproveitarmos bem o acordo
teremos que mudar o nosso modelo, cuja bandeira é o Custo Brasil, para o
de um Brasil competitivo. E este retrofit da nossa economia vai exigir em
primeiro lugar um projeto e recursos. E neste momento nem o setor privado tem
um road map para um melhor aproveitamento do acordo e nem o governo tem um projeto, a não ser
passos políticos, para a mudança que nos espera .Os europeus estão
trabalhando a mil por hora para levar vantagem e nós ainda estamos comemorando
a primeira fase da conclusão do acordo.
Stefan Salej
Ex Presidente do Sebrae Minas e da Fiemg
Vice-Presidente do Conselho do Comercio Exterior da Fiesp
Coordenador adjunto do Gacint - Grupo de análise
da conjuntura internacional da USP