Alunos do CEFET-MG desenvolvem projetos para melhorar vida de deficientes visuais

Publicado em 13/11/2017 - educacao - Da Redação

Alunos do CEFET-MG desenvolvem projetos para melhorar vida de deficientes visuais

Para as estudantes do curso técnico em Equipamentos Biomédicos em Belo Horizonte Clara Nunes, Joyce Rodrigues e Maria Clara Avelar, dar autonomia e segurança a todos é fundamental. Elas criaram o projeto "Vision DC" Diferenciador de cédulas de dinheiro para deficientes visuais?, orientadas pelo professor Renato Zanetti.  O aparelho informa o valor das cédulas através de um alto falante ou fone de ouvido. ?Cada nota tem uma marcação que ajuda a diferenciar, pelo tato, o valor. No entanto, com o passar do tempo, muitas delas ficam desgastadas, o que atrapalha a identificação?, explica Clara. O protótipo funciona identificando a cor das cédulas. 

Maria Clara Avelar explica que a ideia do projeto surgiu de uma conversa com um deficiente visual. ?Ele nos disse que uma de suas maiores dificuldades é lidar com dinheiro: ele não pode ir ao mercado sozinho sem ficar desconfiado ao receber troco ou pagar por algo?. 

Para Clara Nunes, a principal importância do projeto é a segurança que ele dá a pessoas com deficiência visual. ?Nosso protótipo ainda é grande, mas pensamos em um mais discreto para facilitar o seu uso com segurança. Seria interessante, inclusive, a disponibilidade desse equipamento em comércios?, afirma a estudante. 

Autonomia é também uma preocupação do projeto ?Boné para deficientes visuais?. Miguel Martins, do curso de Eletrônica em Belo Horizonte, afirma que o trabalho surgiu de uma pesquisa sobre tecnologia assistiva, termo utilizado para descrever todo o desenvolvimento voltado a melhorar a qualidade de vida de pessoas que necessidades específicas. O protótipo foi desenvolvido junto com seus colegas Luan Xavier e Gabriel Gomes, sob orientação dos professores Rosiane Leite e Joel Augusto. 

?Criamos um boné equipado com sensores ultrassônicos, que tem como objetivo ampliar o reconhecimento dos deficientes visuais do ambiente em que eles estão?, explica Miguel. ?O equipamento não substitui o uso de bengala, porque não detecta obstáculos como degraus e buracos, mas pode ser usado dentro de casa, para reconhecer paredes e facilitar a locomoção?. Miguel conta que diversos colegas de classe têm realizado trabalhos que busquem melhorar a vida de pessoas com deficiência. ?A gente tem que encontrar alguma aplicação boa para todo o conhecimento que temos e a melhor forma disso é ajudando a quem precisa?.

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