Escola Municipal Delfim Moreira completa cem anos de história em Guaxupé

Entidade, que foi oficialmente fundada em 15 de agosto de 1.914

A Escola Municipal Delfim Moreira comemora, na sexta-feira, 15 de agosto, seu primeiro centenário. Dirigida atualmente pela educadora Sulima Somágio Quirino, a referida instituição é apontada como uma das melhores da região, em função de sua boa estrutura, assim como o conteúdo programático e a tradição (por lá, passaram pessoas que hoje são donas de sucesso absoluto, nas áreas profissional e de caráter).

Os cem anos do Delfim Moreira são motivos de muita felicidade para a comunidade guaxupeana. Da era atual, a vice-diretora, Angela Maria Rodrigues Silva, falou com o JS sobre o trabalho, as expectativas e o que tudo isto proporciona a sua vida: “Temos uma grande responsabilidade como educadora, uma vez que depois da família, a escola é a casa das crianças. Então, a gente acredita mesmo que cada um que venha para esta escola tenha condições de se tornar grande cidadão”, disse ela, cujas palavras foram endossadas pela coordenadora, Norma Paula Felippe da Silva Matos: “Estudei no Delfim até a 4ª série, me formei no Magistério e aqui foi minha primeira escola, como alfabetizadora. Eu amo o que faço e faço com o coração, sendo que defendo esta escola com unhas e dentes”, frisou dona Norma.

Entre as pessoas que passaram pelo Delfim e deixaram saudades está a ex-diretora, Maria Conceição Ribeiro, que é popularmente conhecida como “Dona Santuca”. Reconhecida pela forma com que lidava com alunos, professores e familiares, ela falou sobre sua passagem pela escola: “Minha história com o Delfim Moreira é de muito amor, pois fiquei na direção por 25 anos. E, como eu era muito inexperiente, fiz um curso em Belo Horizonte, no Instituto de Educação, que era a melhor escola de BH. Aí, vim com força e coragem para trabalhar, sendo que devo o sucesso da escola ao professorado, que era muito eficiente e os pais, que confiaram na escola. Neste período, procurei sempre fazer o melhor, colocando os pais a par dos assuntos da escola, além da parte alimentar, onde eu acompanhava as crianças à cantina, tomava sopa com eles para perceberem que tudo era bem feito. Antes, porém, a gente sempre rezava, assim como fazíamos na entrada. Eu me lembro que era assim: ‘Agradeço, Senhor, o lanche que a vossa vontade nos concede’. Então, realizamos um trabalho muito bom e bonito, o que nos credenciou dentro da cidade. A escola tornou-se admirada, confiável e foi um trabalho reconhecido até hoje”, disse Santuca.

Dos ex-alunos, cujas histórias de luta e sucesso são reflexo de uma base muito bem formada, muito se atribui ao aprendizado do Delfim: “Tive alguns professores que não me esqueço, como a dona Meíta, a dona Marilda, a dona Mariza e outras. Foi ali que eu comecei a ser formado não apenas do ponto de vista educacional, mas de caráter. Antes, as ‘tias’ eram como família e tinham autoridade para nos repreender. Hoje, os professores ficam com receio até de falar um pouco mais alto com os alunos, pois depois o pai reclamará. Mas, naquela época era diferente! Tamanho era o crédito delas que tinham autonomia para nos repreender, nos colocavam de castigo. E, aí, começou a se formar o caráter, a educação e, por isto, sou muito grato e orgulhoso por falar que me formei no Delfim Moreira”, comentou o dermatologista Abdo Salomão Júnior, de renome internacional.

Também dos alunos atuais, o Jornal percebeu um grande amor pela escola: “Aqui, é muito mais do que estudar e sim uma grande família! Nós estudamos com vontade, como se fosse uma atividade de lazer. Quando sair daqui, sentirei muita falta”, disse Maria Fernanda Ferreira, de 10 anos, que está no 5º ano do Ensino Fundamental. “O que eu mais gosto é dos trabalhos de Ciências, de Geografia. Além disso, esta é uma das melhores escolas de Guaxupé e, por isto, quando crescermos ela terá sido importante para nosso futuro”, comentou Estéfani Rosa Florentino, de 10 anos, também do 5º ano. “É muito bom fazer parte desta história de cem anos do Delfim”, continuou João Victor de Souza Almeida, de 9 anos, aluno do 4º ano. “A aula é muito boa, os professores são bons e, para mim, o Delfim é maravilhoso”, disse Vinícius Melo da Silva, de 11 anos, do 5º ano. “Eu quero ser professora quando crescer e, se for do Delfim, será uma sorte grande”, complementou Isadora do Nascimento Silva, de 9 anos, do 4º ano.

Com uma extensa programação, a diretoria do Delfim Moreira realizará várias atividades por estes dias, a começar pela tarde de hoje, quinta-feira, quando será iniciado um campeonato de futsal, organizado pela escola, com o apoio dos pais.

Fonte: Carlos Alberto / Jogo Sério