Para amenizar os prejuízos causados pela pandemia do novo coronavírus, o
Ministério da Educação (MEC) autorizou a substituição de disciplinas
presenciais por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e
comunicação em cursos que estão em andamento. A medida foi
publicada na edição desta quarta-feira, 18 de março, do Diário Oficial da União
(DOU).
Ao criar a possibilidade do ensino a distância na grade presencial, o objetivo
da pasta é manter a rotina de estudos dos alunos. A mudança é válida para o sistema
federal de ensino, composto pelas universidades federais, pelos institutos
federais, pelo Colégio Pedro II, pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos
(Ines), Instituto Benjamin Constant (IBC) e pelas universidades e faculdades
privadas.
De acordo com o texto, o período de autorização é válido por 30 dias e tem
possibilidade de prorrogação, a depender de orientação do Ministério da Saúde e
dos órgãos de saúde estaduais, municipais e distrital. As instituições que
optarem pela substituição de aulas precisam entrar em contato com o MEC em até
15 dias.
Como informa a portaria, “será de responsabilidade das instituições a definição
das disciplinas que poderão ser substituídas, a disponibilização de ferramentas
aos alunos que permitam o acompanhamento dos conteúdos ofertados bem como a
realização de avaliações durante o período da autorização”.
Como alternativa, o texto permite que as instituições de ensino suspendam as
atividades acadêmicas presenciais pelo mesmo prazo. As aulas canceladas
“deverão ser integralmente repostas para fins de cumprimento dos dias letivos e
horas-aulas estabelecidos na legislação em vigor”.
As instituições podem também alterar o calendário de férias, desde que cumpram
os dias letivos e horas-aula estabelecidos.
A nova recomendação não pode ser aplicada aos cursos de medicina e às práticas
profissionais de estágios e laboratórios dos demais cursos.
Na terça-feira, 17, o ministro da Educação, Abraham Weintraub soltou um
comunicado sobre o tema. Segundo o titular da pasta, o MEC disponibilizará
salas virtuais para institutos e universidades federais.
Comitê de emergência – A
flexibilização temporária da EaD é uma das primeiras decisões tomadas
pelo Comitê Operativo de Emergência do MEC. O grupo foi criado para mitigar os
efeitos do coronavírus no ambiente escolar.
A primeira reunião do colegiado foi realizada na segunda-feira, 16. No
encontro, decidiu-se também liberar R$ 450 milhões do Programa Dinheiro Direto
na Escola (PDDE) para escolas comprarem itens como álcool gel, sabão e papel
higiênico. O grupo apresentou, ainda, uma plataforma de monitoramento do
coronavírus em instituições de ensino.
Outras medidas tanto para a educação básica quanto para a superior são
deliberadas no âmbito do grupo. O Conselho Nacional de Secretários de Educação
(Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o
Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica (Conif) e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior (Andifes) integram o comitê.
Assessoria de
Comunicação Social
Ministério da Educação