Publicado em 22/01/2021 - educacao - Da Redação
O
Ministério da Educação (MEC) apresenta uma gestão distante da realidade em
todos os níveis da pasta. E é evidente, desde sempre, que as áreas de Saúde e
de Educação são alicerces para o crescimento econômico e para a manutenção de
um sistema social que vive de movimentação de recursos financeiros. A letargia
do órgão regulador se transformou em paralisia em 2020, deixando que as coisas
acontecessem conduzidas pelas lideranças públicas estaduais e municipais e
estimuladas por “gritas” da opinião pública.
Desde
março, o MEC não realiza, efetivamente, visitas de avaliação às instituições de
ensino superior e com isto não permite que ofereçam novos cursos, com adequação
na modalidade de oferta. Está claro que o desafio agora é atender alunos de
graduação e pós-graduação, as etapas finais da educação em modalidades em que
se pode estudar de qualquer lugar e a qualquer momento, com algumas poucas
atividades presenciais, respeitando os protocolos de higiene.
Sem
movimentos da Secretaria de Regulação, a SERES; sem qualquer proposta clara do
órgão de avaliação, o INEP; o setor da educação superior vai sucumbindo pela
falta de apoio a 80% das instituições, que atendem as regiões mais isoladas.
Na
educação básica, o que se vê é a tentativa de alinhamento e orientações das
secretarias estaduais e municipais de Educação isoladamente. Falta condução
nacional e esse desgoverno do MEC, literalmente, traz mais insegurança para a
sociedade.
Iniciamos
o ano, sem um plano de imunização. Estados atiram para todos os lados.
Liderados por São Paulo e Paraná, 15 deles preveem retomada das aulas
presenciais entre janeiro e fevereiro. Enquanto isso, na Europa, os países
estão retomando o lockdown e fechando integralmente as escolas.
Esta
falta de estratégia, de alinhamento, de participação efetiva como órgão
regulador de um dos segmentos mais significativos de uma Federação está
custando muito caro ao Brasil. E parece que a falta de orientação superará o
limite do calendário e entrará ano novo afora. O que será de 2021 e quiçá de
2022?
Apareça,
MEC!
Por César Silva - é diretor Presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT) e docente da Faculdade de Tecnologia de São Paulo – FATEC-SP há mais de 30 anos. Foi vice-diretor superintendente do Centro Paula Souza. É formado em Administração de Empresas, com especialização em Gestão de Projetos, Processos Organizacionais e Sistemas de Informação
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