Self-service para crianças em Nova Resende

Em todos os lugares do Brasil, já temos serviço de self-service em funcionamento. Apesar do nome em inglês, todos sabem do que se trata. Existem dois tipos básicos: um que você paga um valor e come o quanto puder, com exceção para o número de fatias de carne, em alguns estabelecimentos; o outro é conhecido como “por quilo”, e você prepara o seu prato, mas precisa pesá-lo para saber quanto deverá pagar.
O Pré-escolar Odilon Cecílio Ribeiro, de Nova Resende, conta com uma novidade na merenda escolar: o sistema self-service onde cada criança se serve sozinha. “A iniciativa desenvolve a autonomia da criança e contribui para uma alimentação mais saudável”, conta a Wanessa Melo, nutricionista da Secretaria de Educação de NR. “Outra vantagem do sistema é o melhor aproveitamento das refeições. Logo na primeira semana, observamos a diminuição de cerca de 90% no desperdício de alimentos, isso muito nos surpreendeu. É uma grande satisfação para nós ver que não sobra comida no prato, já que preparamos a refeição com carinho, e vê-la depois, jogada no lixo, sempre nos entristecia. Agora, a criança se serve, escolhe o que quer comer e coloca o suficiente para se alimentar”, disse Wanessa.
As crianças lavam as mãos, fazem duas filas, pegam o prato e se servem, em seguida pegam o talher (garfo), e seguem para as mesinhas. As crianças podem repetir quantas vezes quiserem.
Segundo os educadores, a implantação do auto-atendimento alimentar irá estimular a criança a conhecer o diferente. À medida que ela vir o colega comendo uma coisa que não faz parte da sua tradição alimentar, será mais fácil se sentir estimulada a experimentar, do que através da imposição da mãe.
Como surgiu o Self-service no mundo - Esse tipo de serviço surgiu para economizar no salário, reduzindo postos de trabalho, principalmente o de garçom. Isso aconteceu em países desenvolvidos, onde a mão-de-obra é muito mais valorizada do que no Brasil. Ao observarmos os restaurantes “rápidos” no exterior, percebemos que em todos só trabalham jovens, que ainda estão estudando. Mesmo em restaurantes convencionais, é muito difícil encontramos garçons com mais de 26 anos de idade, o que já não acontece aqui. Em alguns restaurantes que conhecemos, o garçom está já catalogado como “móveis e utensílios”, alguns com placa de patrimônio.
Porém, como no mundo de hoje não temos mais tempo para quase nada, esses estabelecimentos economizam com profissionais do ramo alimentício e diminuem o tempo necessário para almoçarmos. A indústria do almoço self-service está crescendo vertiginosamente.
Alguns bares e lanchonetes adaptaram-se para poder prestar esse tipo de serviço. Em alguns supermercados e nas praças de alimentação dos shoppings, não faltam estabelecimentos desse gênero nas mais diversas especialidades.