Publicado em 06/09/2019 - geral - Da Redação
A
Advocacia-Geral da União (AGU) está cobrando atualmente R$ 10,3 bilhões em
créditos que empresas e pessoas físicas devem às 124 autarquias federais.
Na
maior parte, os valores são relativos a multas aplicadas pelas entidades
públicas. Só no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit),
que aplica multas por infrações nas rodovias federais, por exemplo, os créditos
chegam a R$ 3,45 bilhões.
Para
fazer a cobrança, o primeiro passo adotado pela Procuradoria-Geral Federal
(PGF) é a conciliação, que possibilita a negociação da dívida e o pagamento em
parcelas. Se não houver acordo, o nome do devedor é negativado e vai a protesto
em cartórios. Só depois dessa fase que é requerida a execução fiscal, ou seja,
a cobrança judicial. Atualmente, a AGU cobra R$ 9,5 bilhões devidos às
autarquias em 61 mil processos na Justiça.
Mas
o coordenador-geral de cobrança da PGF, procurador federal Fábio Munhoz,
explica que cerca de 90% dos créditos que as autarquias federais têm para
receber são inferiores a R$ 100 mil e podem ser cobrados por meio de
conciliação e de protesto. “A cobrança extrajudicial é mais interessante para o
erário na medida em que é muito mais rápida, principalmente o protesto. Grande
parte do que é recuperado do crédito público é via protesto e ocorre em três
dias”, detalha Munhoz.
Para
as cobranças judiciais, a PGF adota dois critérios: as dívidas precisam ser
superiores a R$ 100 mil e o devedor deve ter bens que possam ser utilizados
para o pagamento dela.
Tempo
real
Para
gerenciar os créditos que as autarquias federais têm para receber, a PGF criou
em 2016 um sistema que permite acompanhar em tempo real a situação de cada
dívida. Das 164 autarquias federais, 124 já estão no Sapiens Dívida e a
previsão é de que, no futuro, todas passem a fazer parte do sistema.
Pela plataforma é possível acompanhar
o valor total da dívida ativa, quantidade de processo e valores que já foram
recuperados, de forma individual, em cada autarquia. “Com a informação, a gente
tem a possibilidade de estabelecer metas judiciais e extrajudiciais”, conclui
Munhoz.
 
 
 
Assessoria de Comunicação da
Advocacia-Geral da União (AGU)