ANO NOVO, ANO VELHO: tudo a mesma coisa

Publicado em 27/12/2016 - geral - Fernando de Miranda Jorge

ANO NOVO, ANO VELHO: tudo a mesma coisa

A marcação dos anos foi uma invenção do homem. Padre Vieira, com esse sentimento, não via o ano, mas os anos, e pregava desejando bons anos, não só o vindouro, mas todos. A única coisa certa na passagem do ano, para aquelas pessoas que acham que tem de comemorar de qualquer maneira, é o fato de que 2016 finalmente acabou e 2017 está chegando, com o sol se levantando e se pondo sobre a Terra, como faz há milhões de anos. O mundo continua, no fundo, bárbaro, injusto e inadequado como nunca. E nada muda para o bem da Nação. É como disse o pensador Lacordaire: onde está o homem, está o perigo...e, pode-se acrescentar nos dias atuais (leia-se Brasil, que país é esse?): onde há políticos, se não raros contrários, a corrupção está na rotina dos negócios no Brasil e o dinheiro no ralo do jogo político do “toma lá” (um aumento de verbas e de emendas parlamentares) e o “dá cá” (o apoio para transformar o déficit em superávit). A conjugação de tudo o mais, todos já estão cansados de ver e ouvir através da imprensa na mídia. Seria ótimo se fosse possível dizer “chega”! Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Seria excelente poder dizer, recordando o milagre da renovação, recomeçar tudo outra vez, com outro número no ano novo, e outra disposição de que tudo vai ser diferente. Mas, com os políticos que estão no poder, não dá para acreditar. Pensemos então: mudamos nós, ou tudo continuará na mesma. No mais, como diria o crupiê do cassino, façam suas apostas, senhores e senhoras! Não posso dizer Feliz Ano Novo. Sim, Felizes Anos Novos!

Fernando de Miranda Jorge - Acadêmico Correspondente da APC Jacuí/MG – E-mail: fmjor31@gmail.com