Publicado em 21/02/2019 - geral - Da Redação
O engenheiro de eficiência energética Thiago Douglas Batista, da Cemig, ressalta que é importante que os consumidores mantenham os cuidados no uso do ar-condicionado, principalmente durante o verão. “A Cemig divulga o ano inteiro as medidas mais importantes para não aumentar a conta de luz e, nesta época do ano, os grandes vilões são os aparelhos de refrigeração”, afirma.
Segundo ele, a primeira medida
é na hora de adquirir os aparelhos que possuem o selo Procel e a etiqueta do
Inmetro com a letra “A” – considerados mais eficientes. “Muitas vezes, pensamos
em adquirir aquele mais barato. Contudo, o aparelho de ar condicionado tem uma
expectativa de vida útil longa. Dessa forma, podemos economizar no momento da
compra, mas pagar um preço mais alto na conta de energia por dez ou quinze
anos”, afirma.
Outra dica importante apontada
pelo especialista da Cemig é com relação aos ambientes. Enquanto, com os ventiladores, o cômodo deve ficar
com as janelas abertas, com o ar-condicionado, o local e as cortinas – ou
persianas – devem ficar fechados.
“Em locais abertos, o aparelho
de ar-condicionado vai usar a sua máxima potência para tentar igualar a
temperatura dos ambientes. Assim, ele vai consumir mais energia. Além
disso, as cortinas e persianas devem estar fechadas porque a entrada de luz faz
com que o local fique mais quente. Esses simples procedimentos podem resultar
em economia significativa na conta de energia”, destaca o engenheiro.
Retirada de aparelhos menos eficientes do mercado
Em função do aumento da utilização do aparelho de
ar-condicionado pelos brasileiros, o Ministério de Minas e Energia (MME)
publicou portaria para retirar, de forma escalonada, os equipamentos com selos
C e D do mercado nacional. Essa legislação prevê que,
até 30 de junho de 2019, os fabricantes e
importadores parem de importar os equipamentos menos eficientes.
Até o final do ano, os fabricantes não poderão mais
fabricar os equipamentos com selos C e D.
Por fim, depois do dia 30 de junho de 2020, os comerciantes não poderão mais
vender esse tipo de aparelho. O especialista da Cemig chama a atenção dos
consumidores que, “em função dessa legislação, os comerciantes devem fazer
diversas promoções para que esses aparelhos não fiquem encalhados nas lojas.
Então, os clientes precisam ficar atentos para não comprarem equipamentos menos
eficientes e que estejam com preço vantajoso, mas que fará com que eles paguem
mais na conta de energia durante todo o período de vida útil desses aparelhos”, alerta.
Sobrecarga de energia
Neste período
do ano, quando as temperaturas são mais altas, é comum a instalação de
equipamentos para refrigeração do ar. A falta de estrutura nas instalações
elétricas internas pode representar risco de interrupções de energia ou
mesmo incêndio. O número de incêndios no Brasil causados por sobrecargas
elétricas saltou de 200, em 2013, para 451, em 2017, um aumento de 125%, de
acordo com dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da
Eletricidade (Abracopel).
Nas últimas décadas, houve um aumento muito grande no
número de equipamentos ligados e, muitas vezes em construções mais antigas, as
estruturas elétricas podem não estar preparadas para suportar essa nova
demanda. Queima de fusíveis e desarme de disjuntores são sinais de que há
algum problema nas instalações elétricas.
De acordo com o engenheiro
de segurança do trabalho Demetrio Aguiar, da Cemig,
é sempre importante contratar profissionais qualificados para executar qualquer
serviço elétrico. “Sem o conhecimento técnico, é comum que, em casos de
sobrecarga,
se troque apenas o disjuntor ou a chave fusível, e a fiação continue recebendo energia além do previsto,
uma situação de altíssimo risco para incêndio.” Demetrio Aguiar alerta ainda que só um profissional
especializado é capaz de elaborar um projeto elétrico com o
dimensionamento correto para que não haja esse tipo
de problema.
A sobrecarga também pode ocorrer devido ao uso inadequado das
instalações elétricas, por exemplo, a utilização de Ts, benjamins ou extensões
que podem triplicar a corrente de energia em uma única tomada da instalação. As
“gambiarras” e os “jeitinhos” nas instalações elétricas são totalmente
desaconselháveis e perigosos.
O engenheiro da Cemig lembra ainda que o ideal é que toda a casa
tenha um projeto elétrico, o que facilita a manutenção e até a avaliação para o
acréscimo de novas cargas. Dependendo do aparelho que o consumidor for
adquirir, é preciso informar a Cemig e solicitar uma alteração de carga.
ASCOM