COLUNA MG - Rede de Notícias do Sindijori

Publicado em 29/06/2017 - geral - Da Redação

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Número de pedintes em Uberaba é debatido
Grande número de pedintes, principalmente nos cruzamentos da cidade, foi assunto em debate no plenário da Câmara Municipal. Solicitação de informações está sendo encaminhada pela Câmara de Vereadores à Prefeitura, sobre a política do Poder Executivo voltada à população itinerante e moradores de rua e do Albergue. O debate no plenário se deu pelo fato de os parlamentares alegarem receber muitas reclamações quanto ao número de pessoas que estão nas ruas, especialmente os chamados pedintes. Os parlamentares também querem informações sobre a situação atual do Albergue Municipal. (Jornal da Manhã - Uberaba)

Estudo identifica 565 nascentes em Ipatinga
A Prefeitura de Ipatinga, em apoio à iniciativa do Ministério Público de Minas Gerais e com a parceria do Instituto Interagir, realizou o levantamento georreferenciado e atualizado das nascentes do município, por meio do Projeto "Mapa da Mina". O trabalho só foi possível com a utilização de mapas georreferenciados do município, sendo subsidiado pelo Departamento Dados da Prefeitura (Dataserv) e também com a colaboração dos proprietários de áreas localizadas nas zonas rural e urbana de Ipatinga. Além da quantificação das nascentes, o levantamento abrangeu a qualidade e grau de conservação e degradação destes cursos d"água. O projeto identificou a existência de 565 nascentes no município. (Jornal Classivale - Ipatinga)

Encontro de Cuidadores acontece em agosto
A Unimed Varginha promove entre os dias 21 de agosto e 1º de setembro o "5º Encontro de Cuidadores". As palestras serão realizadas na Associação Médica de Varginha. A inscrição é gratuita até 14 de julho, apenas tendo o interessado de doar um quilo de alimento não perecível. Serão duas semanas com 10 palestras ao todo e o conteúdo segue uma ordem cronológica dos temas que vão desde os aspectos psicológicos de se envelhecer ou estar em uma situação de dependência até o ato de cuidar do fim da vida. Cuidadores de idosos são os mais conhecidos, porém há outras especialidades, como de idosos com Alzheimer, com Parkinson, de adultos e de crianças. (Gazeta de Varginha)

Concerto reunirá orquestras no Santuário
A Orquestra Jovem de Divinópolis realiza amanhã seu concerto de encerramento das atividades do primeiro semestre de 2017. A apresentação acontecerá no Santuário de Santo Antônio, às 20h, depois da missa. O público terá a oportunidade de conhecer os resultados de iniciativas similares, pois o concerto terá como convidados as orquestras jovens do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e de Santa Cruz de Minas. O projeto das orquestras foi idealizado pela professora Mariana Jelen, do Departamento de Música da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), e implantado por meio de uma parceria estabelecida entre a Universidade, a Prefeitura de Santa Cruz de Minas e a Banda Sinfônica do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. (Portal Agora - Divinópolis)

"Às Margens" é apresentada em Teófilo Otoni
Para contar a história dos povos e comunidades tradicionais quilombolas e indígenas do Vale do Mucuri, o elenco de "Às Margens" fez um mergulho juntos em um processo de criação por mais de ano para dar vida aos personagens. O novo espetáculo do Grupo In-Cena de Teatro estreou em abril no Festival de Teatro de Curitiba (Fringe) e foi o grande destaque do Festival Nacional de Teatro de Teófilo Otoni (Festto). Às Margens coloca luz sobre temas como racismo, preconceito e intolerância para contar a história das comunidades remanescentes de quilombo do Vale do Mucuri por meio de suas crenças e festas. A peça traz à tona uma história de resistência e sincretismo do negro, das mulheres, dos índios como forma de mostrar a pluralidade de um povo que viveu e vive às margens da sua história. (Diário de Teófilo Otoni)

Sete lagoana se apresenta em Prêmio de Música
Após criteriosa seleção dos curadores Guilherme Castro e Emílio Pieroni, o Prêmio de Música das Minas Gerais divulgou na última segunda-feira, 26, a lista dos classificados para as etapas classificatórias do Prêmio de Música das Minas Gerais 2017. Foram mais de 400 inscritos para a edição, um recorde, o que reafirma a importância e o valor deste projeto que busca valorizar a música feita no estado. Por Sete Lagoas a cantora Simone Costa foi selecionada e se apresentará em Diamantina no dia 12 de agosto. Com 26 anos de carreira, a carioca Simone Costa, radicada em Sete Lagoas desde 1980, vem se apresentando em diversos eventos e festivais na região, tendo inclusive participado da edição 2013 do Prêmio de Música das Minas Gerais, também em Diamantina. No repertório, MPB, Bossa Nova, música mineira e sambas. (Boca do Povo - Sete Lagoas)

Dia internacional contra as drogas ganha evento
26 de junho foi instituído pela Organização das Nações Unidas como o Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas. Em Poços de Caldas, a data marcou a realização do Primeiro Encontro sobre Dependência Química e Trabalho: um olhar interdisciplinar. O evento começa com a apresentação teatral "...Mas que droga?", do grupo Círculo de Arte. Na sequência houve uma mesa redonda com Stela Marys, juntamente com a assistente social do órgão, Cristina Navarro, e com o psicólogo da Gestão de Pessoas e RH, Cristiano Andrade. As atividades aconteceram ontem à tarde, na Urca e além dos servidores públicos municipais, foram convidados os trabalhadores do sistema prisional. O evento foi promovido pelas Secretarias de Administração e Gestão de Pessoas e de Saúde, com apoio da Secretaria de Promoção Social. (Jornal da Cidade - Poços de Caldas)

Da carne fraquíssima

Stefan Salej

Dizem no interior de Minas que, quando urubu resolve mudar de rumo, sai de baixo. De todas as notícias na área política que afetam a economia, a pior delas é de novo a proibição de entrada de carne em natura nos Estados Unidos. Não porque aquele país ao norte do Equador seja um dos maiores importadores da nossa valiosa carne bovina, mas porque se você exporta para um país como os Estados Unidos, você tem uma referência de qualidade do produto e de serviços que os outros aceitam com naturalidade. E como os nossos bravos exportadores conseguiram, depois de tantos anos de trabalho árduo para distinguir a carne do Brasil, Brazilian beef, dos concorrentes argentinos, australianos e irlandeses, entre outros, que nos testes de qualidade fossem rejeitados 11 % dos lotes ao invés do limite aceitável de 1%, todos explicam mas não tem justificativa.

As explicações técnicas são inúmeras, desde a vacina (produzida por quem mesmo?), da dificuldade de se identificar o problema, até dizer que isso não tem nenhuma importância para a saúde e mais: que tudo isso é lobby norte-americano contra os exportadores brasileiros. Só falta dizer que os maldosos norte-americanos inventaram isso para derrubar o governo Temer. Porque, de fato, a proibição de entrada de carne brasileira nos Estados Unidos, vai afetar em muito, mas muito mesmo a nossa economia. Se depois da Operação Carne franca, que já afetou nossas exportações, não aprendemos que devemos tomar mais cuidado com a qualidade dos produtos que vendemos, seja no mercado nacional (porque pelo jeito esse controle não é feito para o consumidor brasileiro) ou para o exterior, então a situação está grave. Culpar o cliente que coloca normas claras para o fornecimento e você não as cumpre, não é desconhecer as regras de marketing do professor Kotler, mas as básicas do comerciante da Rua dos Caetés: freguês sempre tem razão. Em resumo, é de uma burrice e má fé inaceitáveis.

Essa mania de desprezar a inteligência dos outros não é nova. Há alguns anos exportávamos quiabo para a Franca. Que chegava podre. Porque? Porque trocaram a temperatura medida em Celsius por medida em Fahrenheit. E porque? Porque um super doutor que supervisionava a operação estudou nos Estados Unidos, onde se usa Fahrenheit, e confundiu. E lá se foi o quiabo.

O episódio de agora tem consequências trágicas para a imagem de carne brasileira e todos os produtos alimentícios. Nossas churrascarias nos Estados Unidos serão afetadas, a venda de pão de queijo, que ia tão bem, de cachaça, tudo, tudo. Isso é como bola de neve, só vai piorar.

Mas, o pior efeito será na economia rural. A arroba do boi está só baixando de preço, e com certeza absoluta quem vai pagar o pato é o pecuarista.

Está certo o Ministro da agricultura ir para Estados Unidos para conversar com os gringos, mas o problema não está lá, mas aqui. A Carne Fraca foi um aviso, a luz amarela pela qual passaram todos os frigoríficos. E agora acendeu a vermelha. Passou da hora de levarmos esses assunto a sério, fazermos as mudanças que precisam ser feitas, porque a chamada ilusão de que o setor agrícola sustenta a economia vai tornar realidade a frase: o boi foi para o brejo.

STEFAN SALEJ, Empresário e ex-Presidente do SEBRAE Minas e da FIEMG- FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE MINAS GERAIS