Coluna Minas Gerais - Notícias Diárias

Publicado em 02/02/2017 - geral - Da Redação

Coluna Minas Gerais - Notícias Diárias

Gastos com gabinetes crescem na Assembleia

            Os deputados estaduais de Minas Gerais voltaram ao trabalho nesta semana, com a reabertura, anteontem, das atividades da Assembleia Legislativa. E mesmo com a recomendação de enxugar as despesas diante da crise pela qual passam os cofres do  Estado, eles tiveram aumento de gastos com a verba indenizatória: os gabinetes demandaram R$ 2,4 milhões a mais do que em 2015. Ao todo, foram R$ 18,1 milhões contra R$ 15,7 milhões. Em plena crise, a Mesa Diretora da Assembleia, presidida pelo deputado Adalclever Lopes (PMDB),  decidiu no último ano elevar de R$ 20 mil para R$ 27 mil o limite mensal de gastos. 

Cota de cada deputado passou para R$ 27 mil

            Os gastos estão dentro da cota de R$ 27 mil a que cada um dos 77 parlamentares tem direito todos os meses para gastos com combustível, aluguel de carros, contratação de consultorias, divulgação do mandato, entre outros itens. Um levantamento feito com base no Portal da Transparência da Assembleia considerou o período entre fevereiro a dezembro. O mês de janeiro não foi computado porque os parlamentares tomaram posse em fevereiro de 2015. 

Os deputados que mais gastaram

            Os deputados que mais gastaram com a verba indenizatória entre fevereiro e dezembro de 2016 foram Cabo Júlio (PMDB), com R$ 290,8 mil; Ulysses Gomes (PT), com R$ 284,7 mil; e Duarte Bechir (PSD) com R$ 283,9 mil. Rosângela Reis (PROS) demandou R$ 283,7 mil, e Alencar da Silveira Jr. (PDT) pediu reembolsos no total de R$ 282,2 mil. Nenhum gabinete utilizou o limite máximo de R$ 324 mil ao ano da verba. 

Notas somam até R$ 2.000 com restaurantes

            Pela regra, cada gabinete de deputado estadual pode gastar até R$ 81 mil por semestre com divulgação do mandato; R$ 9.450 com combustíveis e R$ 12.150 com aluguel de veículos mensalmente. As notas de reembolso apresentadas pelos deputados levam a crer que o salário de R$ 25,3 mil que recebem não tem sido suficiente para que eles possam arcar com suas refeições. Há gastos de até R$ 2.000 em um mês pelo mesmo parlamentar em restaurantes da região da ALMG. 

Prefeito denuncia sabotagens em Manga

            Diversos atos classificados como "sabotagens" levaram a Prefeitura de Manga ao caos. O ex-prefeito Anastácio Guedes Saraíva (PT), o Anastácio da Funerária, irmão do deputado estadual Paulo Guedes (PT), não aceitou que houvesse transição. Desde o primeiro dia de janeiro deste ano, a nova administração luta com uma equipe de especialistas para levantar a real situação administrativa e financeira. "Pegamos o município em situação de caos", diz o prefeito Joaquim Oliveira (PPS). Segundo ele, depois que perdeu as eleições em outubro de 2016, o ex-prefeito e seus parentes que compunham a equipe de governo dedicaram o resto do mandato a sabotar a administração sucessora, mergulhando a prefeitura no mais completo caos. 

Poços promove corte de 50% nas secretarias

            Com o propósito de reduzir as despesas da prefeitura de Poços de Caldas, o prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) assinou decreto que estabelece normas para a programação da execução orçamentária e financeira da administração direta e indireta para o atual exercício, medida que, a rigor, corta em 50% o orçamento das secretarias municipais. O decreto, que visa contingenciar, controlar as despesas, de acordo com o prefeito é uma medida de necessidade para assegurar a compatibilidade entre o Decreto municipal reduz metade do orçamento das secretarias ingresso de receitas e as despesas, para garantir o equilíbrio das contas públicas e a execução do programa de trabalho do governo.

 Perrella se filia ao PMDB e bancada contesta

            Mal ingressou nas fileiras do PMDB mineiro, deixando o PTB, e o senador Zezé Perrella já enfrenta o primeiro dissabor. A bancada do partido na Assembleia Legislativa divulgou nota manifestando "surpresa e desapontamento"com a filiação. Os deputados estaduais alegam que "na raiz desses sentimentos está tanto o caráter controverso da figura do próprio senador quanto o fato de a Executiva estadual não ter sido ouvida a respeito de sua filiação". 

Hospital deve indenizar por negligência

            O hospital São Francisco de Paula deve indenizar uma paciente em R$ 50 mil por negligência nos cuidados de pós-parto. A decisão é da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que reformou a sentença da Comarca de Uberlândia. A paciente afirmou, nos autos, que ficou sem assistência médica por cerca de três horas após o parto e a laqueadura das trompas. O parto foi realizado às 10h45, ela foi liberada para a enfermaria às 11h30 e em seguida surgiu o quadro de hemorragia. Às 12h30, uma médica anotou no prontuário a evolução do sangramento abundante e encaminhou a paciente ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, onde a paciente chegou às 15h21, com atonia uterina (problema de contração dos vasos sanguíneos do útero) e choque hipovolêmico (perda de grande quantidade de sangue e líquidos). Em consequência, teve de passar pela retirada do útero.

ascom