Publicado em 17/04/2017 - geral - Da Redação
Ação do cemitério de Januária completa 14 anos
Uma ação judicial para anular a privatização dos serviços de velório e sepultamento de cadáveres em Januária completou 14 anos em tramitação. Uma ação civil pública ajuizada em 10 de abril de 2003, proposta pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), na qual o promotor de justiça Paulo Vinícius Magalhães Cabreira pediu a anulação de um contrato entre a Prefeitura de Januária e a empresa Millenion Construção e Comércio Ltda, através do qual houve terceirização do cemitério local e a privatização dos serviços públicos de sepultamento e velório de cadáveres. De acordo com o MPMG, a licitação foi fraudada para beneficiar a empresa e seus proprietários. Apenas em junho de 2016, após mais de 13 anos tramitando, a ação chegou à fase em que as partes apresentaram suas alegações finais. No mês seguinte, julho de 2016, o processo foi concluso ao juiz da primeira vara cível para julgamento, mas acabou devolvido à secretaria, sem sentença. (Blog do Fabio Oliva)
Bairros de Conselheiro Lafaiete ficam sem água
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) interrompeu ontem o abastecimento de água em alguns bairros de Conselheiro Lafaiete/MG para manutenção em registro na unidade de bombeamento que atende toda região. A previsão é que o abastecimento seja normalizado de forma gradativa na manhã desta terça-feira, 18. Bairros afetados: Santa Efigênia, Lima Dias, Lima Dias I, Lima Dias II, Lourdes, Santo Agostinho, Cachoeira, Oscar Correia, Jardim Cachoeira, Recanto da Hípica e Recanto dos Colibris. (Estado Atual).
Parceria promove workshop para empresários
Parceria entre o Sistema Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais) e o Governo do Estado leva, de 7 de março a 9 de maio, a empresários de todas as regiões mineiras informações sobre a importância da regularização ambiental de seus empreendimentos, por meio do programa de Fiscalização Ambiental Preventiva na Indústria (Fapi). Em Divinópolis, o workshop será realizado dia 18 de abril, às 8h30, na sede da Fiemg Regional Centro-Oeste, na avenida Engenheiro Benjamim de Oliveira, 144 A, bairro Esplanada. As inscrições podem ser feitas gratuitamente pela plataforma Sympla, no site da entidade, pelo telefone (37) 3690-4400 ou por meio do e-mail eventosreg-co@fiemg.com.br. (Jornal Agora).
Governo realiza orientação a produtores
As políticas públicas do Governo de Minas Gerais para fortalecer a agricultura familiar no estado, por meio das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), têm contribuído para expandir cada vez mais as potencialidades do mercado. Uma prova disso são os resultados promissores nesse segmento, impulsionado com a geração de emprego e renda. Neste contexto, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) - Unidade Regional de Teófilo Otoni vem realizando um trabalho de orientação junto aos produtores de pães, quitandas, café e uma ampla variedade de alimentos mineiros típicos, justamente para que os agricultores familiares atendam aos requisitos e consigam a habilitação sanitária exigida pelos órgãos regulamentados para produção e comercialização. (Gazeta do Oeste).
Hospital tem déficit de quase R$ 10 milhões
O problema de caixa continua na Casa de Caridade Manoel Gonçalves, único hospital da cidade de Itaúna. O valor do déficit atual está próximo de R$ 10 milhões (R$9.968.862,52, em 31/12/2016). A expectativa era de que com a posse do novo prefeito, Neider Moreira, que é médico e sempre anunciou que tinha a solução para o problema, o déficit fosse zerado ou mesmo, diminuído. Mas, apesar da atuação efetiva da direção da Casa de Caridade há pouco mais de um ano e meio, o problema vem persistindo. Quando assumiu, a provedora Marilda Chaves e sua equipe encontraram um déficit global de cerca de R$6 milhões somados ao déficit mensal de cerca de R$ 500 mil. A provedoria, que conta com Marilda Antônio Guerra e Francisco Mourão, conseguiram reduzir o déficit mensal para cerca de R$200 mil e aguarda a participação da Prefeitura, que pode zerar esse déficit. (Jornal Povo Itaúna).
Banda Musical elegerá nova direção
O Presidente do Conselho Deliberativo da Banda Musical Princesa Leopoldina, Daniel Almeida Costa, divulgou o edital convocando os associados maiores de 18 anos e em pleno gozo de seus direitos sociais, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária no domingo, 30 de abril, em sua sede no Clube dos Cutubas, a partir das 14h00. Na pauta a eleição e posse dos membros dos Conselhos Deliberativos, Fiscal e Diretor para o biênio 2017/2019. Prestes a completar 18 anos no próximo dia 15 de julho, a Banda Musical Princesa Leopoldina, é focada no desenvolvimento de atividades de formação musical de jovens e adultos da comunidade de Leopoldina e região, tendo como meta a ampliação do número de alunos inscritos nos cursos de iniciação musical e prepará-los para o futuro profissional na área da música. (Leopoldinense).
Prefeitura realiza reunião com produtores rurais
A Prefeitura de Catas Altas realizou ontem uma reunião com os produtores rurais do município para apresentar as propostas de trabalho deste ano. No encontro, foram discutidos o Selo de Inspeção Municipal (SIM), análise de solo, Conselho Municipal, técnicas agrícolas, entre outros assuntos ligados ao setor. (O Espeto).
Cultura Popular é tema de encontro
"Oh Minas Gerais! Quem te conhece não esquece jamais...". É o que diz a antiga e tradicional canção, evidenciando a grandeza e o encantamento do Estado tão rico em história, cultura e patrimônio. Exatamente por isso, o povoado do Caquende, a menos de 50km de São João del-Rei, promoverá a 10ª edição do Encontro da Cultura Popular. O evento será realizado de quarta, 19, a domingo, 23, homenageando MG e sua pluralidade cultural. Música, artesanato, palestras, celebrações religiosas e o inédito Torneio de Truco fazem parte da programação, que tem início na quarta a partir das 8h com debate sobre a coleta de lixo e combate aos focos de Aedes aegypti no entorno da Vila. A abertura oficial, porém, só acontece às 19h, com uma retrospectiva das últimas edições do evento. (Gazeta de São João Del Rei).
DA VERGONHA, REVOLTA E TRISTEZA
Stefan Salej
Neste momento não há programa mais excitante do que os depoimentos dos executivos e donos da Construtora Odebrecht de Salvador, a maior empreiteira do Brasil propriamente dita, sobre como agiram nos últimos anos. Aliás, construtora que tinha tempos atrás o nome do seu fundador Norberto e editou um livro pesado sobre o seu modelo de negócios, que era um exemplo para a gestão de empresas no Brasil. Da Bahia para o mundo. Um mundo subterrâneo e de subterfúgios, de compra do Congresso nacional, do governo e dos seus lacaios políticos.
Para quem atua na área empresarial, nada de novo. E tem mais: nada de novo desde que nós tínhamos nos anos sessenta a idade de colegiais. Já em 1960, Jânio Quadros exibia uma vassoura para banir a corrupção deixada pelo saudoso JK. Os militares do golpe de 1964 exibiam a luta contra a corrupção, junto com o anticomunismo, como trunfo para se manter no poder. Quem não lembra dos IPM-Inquérito policial militar, tribunais de exceção.
A Odebrecht foi exposta e todo mundo ficou chocado. Mas, as delações dessa empresa são histórias da carochinha, se colocar junto as delações já julgadas das outras empreiteiras, inclusive da nossa querida Andrade Gutierrez, parceira da Odebrecht em aventuras incríveis, e se examinar outras redes de corrupção como os setores elétrico, de saneamento, telecomunicações, privatizações, e créditos nos bancos oficiais. E mais, se o sistema funcionou na escala federal, imagina o que acontece nos estados e municípios.
Uma aliança politico-empresarial sofisticada que corroeu a democracia e a economia de mercado e destruiu qualquer valor moral da sociedade brasileira.
De qual sociedade? Dos desempregados, dos pobres, dos desesperados, que hoje estão à mercê dos criminosos do narcotráfico, ou da sociedade de elite que aplaudia o sucesso dos Odebrecht (descendente de alemães que teoricamente deveriam ter algum valor moral) que tomaram conta do nosso Brasil. Os valores que implementaram no nosso nariz com aplauso de toda a sociedade (nos últimos anos, dos industriais do ano de Minas, vários estão presos) e em especial o empresarial, destruíram qualquer base de sustentabilidade.
É uma vergonha da qual participamos como eleitores. É uma vergonha da qual participamos como cidadãos.
A Odebrecht continua como todos eles, rica, poderosa, rindo de todos nós, como todos os seus colegas empresários e políticos. Ninguém se abala (com raras exceções que confirmam as regra), ninguém fica mais pobre, e todos eles com tornozeleira frouxa continuam fazendo o que sempre fizeram: negócios escusos.
Nenhuma entidade empresarial nesse processo todo da Lava Jato emitiu uma nota de repulsa, fez um novo código de conduta, expulsou seus sócios corruptos. Nada. Porque no fundo acreditam que esse é o modelo de negócios que predomina no país e com o qual você pode ficar rico.
É uma tristeza que a nossa geração de jovens da década de sessenta deixe como herança este Brasil tão empodrecido e empobrecido. Tudo isso para dizer que, com o ganho à custa de miséria e desemprego, é mais seguro viver em Miami.
Erramos, mas ainda há tempo de corrigir, de mudar o rumo. Não com a hipocrisia dos Odebrecht que salta aos olhos, mas com mudança de atitude para valer, com mudança do modelo de valores deste país, onde tem sim gente honesta e trabalhadora, que foi enganada. Onde sim, há empresários sérios e honestos que podem mudar o rumo.
Stefan SALEJ
Empresário
Ex Presidente do SEBRAE Minas e da FIEMG-Federação de Indústrias do Estado de Minas Gerais