Coluna Minas Gerais - Noticias diárias

Publicado em 12/01/2017 - geral - Da Redação

Coluna Minas Gerais - Noticias diárias

Teófilo Otoni decreta situação de emergência

            A Prefeitura de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, decretou situação de emergência devido à propagação da febre amarela silvestre na região. O documento descreve a situação como "epidemia". O decreto leva em consideração 48 casos da doença registrados na região formada pelos municípios de Almenara, Diamantina, Ataléia, Setubinha, Frei Gaspar, Novo Cruzeiro, Malacacheta, Itambacuri, Poté e Teófilo Otoni, com a confirmação de 17 óbitos. Só na cidade de Teófilo Otoni, foram notificados sete casos da doença e quatro mortes, segundo o documento.

Temor de que doença se espalhe na zona rural

            Segundo a assessoria do prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira, o decreto foi editado na tentativa de conter os riscos "iminentes" de a doença se espalhar da zona rural para a urbana pelo trânsito   dessas pessoas doentes e pela contaminação do mosquito". O documento informa ainda que é de responsabilidade solidária dos entes federados (União, Estado e municípios) o desenvolvimento de ações urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública". O decreto de situação de emergência é válido pelo período de 180 dias.

 Motorola não pode vender Moto X em Minas

            O Procon-MG - órgão integrante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) - proibiu a venda do aparelho celular Moto X (2ª Geração) no território mineiro, em estabelecimentos físicos e virtuais, e intimou a Motorola Mobility Comércio de Produtos Eletrônicos Ltda a pagar multa de R$ 809.702,00. A suspensão da venda do celular e a multa foram motivadas por duas tentativas frustradas de acordo para que a fabricante oferecesse o reparo, em garantia, ou restituísse o valor pago pelo conserto, aos consumidores lesados, entre outros compromissos não assumidos.

 Juiz de Fora tem menor déficit em 7 anos

            Mantendo o perfil histórico, Juiz de Fora fechou o ano com a balança comercial deficitária em US$ 184,8 milhões, resultado da prevalência das importações (US$ 335,9 milhões) sobre as exportações (US$ 151,1 milhões). Apesar disso, as exportações fecharam em alta de 56,11%, enquanto as importações caíram 38,53% no período de janeiro a dezembro. O déficit verificado em 2016 foi o menor dos últimos sete anos. Na análise apenas de dezembro, o déficit foi de US$ 27,5 milhões, com alta tanto das exportações (88,34%) como das importações (40,43%). No mesmo período do ano passado, o cenário era inverso. As exportações apresentaram incremento de 108,05% enquanto as importações caíram 60,35%. 

Diretor de rádio de Frutal é condenado

            O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação de Romero Alcides Silva Brito, diretor da Rádio 97 FM de Frutal, no Triângulo Mineiro, pelo crime previsto no artigo 10 da Lei 7.347/85, que consiste em recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público. Os fatos que resultaram na ação penal ocorreram em dezembro de 2012, ano em que ocorreram eleições para cargos municipais. O Ministério Público Eleitoral de Frutal requisitou ao réu cópia de toda a programação veiculada pela Rádio para apuração de notícia sobre suposto ilícito eleitoral. Romero Alcides Brito se recusou a cumprir a requisição.

 Prefeitura e Cohab estudam construção de casas

            O prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (PMDB) se reuniu com a diretoria da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab). Na pauta do encontro, foram apresentadas propostas de parceria para construção de novas moradias populares. A diretoria da Cohab apresentou um projeto de conjunto habitacional para atender aos servidores públicos. Inicialmente, a proposta seria uma continuação do Conjunto Lagoa dos Mandarins. De acordo com o prefeito de Divinópolis, existe a necessidade de continuar com as obras de casas populares, que tiveram início em suas gestões anteriores. 

Defensoria Pública pede interdição parcial de presídio em Araxá

            A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais protocolou uma Ação Civil Pública exigindo a interdição parcial do Presídio Regional de Araxá, no Alto Paranaíba. A superlotação da unidade e a carência de agentes penitenciários são apontadas como justificativas para o pedido de liminar, que aguarda parecer do Ministério Público de Minas Gerais para ser apreciado pela Justiça. O Presídio tem 128 vagas, mas até  quarta-feira, 10,  365 homens estavam segregados lá. "Isso é quase três vezes a mais que do que permite a capacidade", disse o coordenador local e defensor público Antônio Carlos de Oliveira.

Prefeituras cancelam carnaval no Sul de Minas

            A crise financeira que atinge várias prefeituras do Sul de Minas deve comprometer a programação para o carnaval 2017. Em pelo menos duas das maiores cidades da região, as festividades estão canceladas. Tanto em Passos quanto em Pouso Alegre, a decisão se baseou em um único argumento: falta de dinheiro em caixa. "A situação financeira é calamitosa. Não há recursos nem prazo para a licitação de serviços", explicou a administração municipal de Passos por meio de nota. "A boa notícia é que vamos trabalhar para que tenhamos o carnaval de 2018", informou. Há um ano, a administração anterior também anunciava o cancelamento da edição 2016 do carnaval devido à falta de verba.

 ARTIGO SEMANAL DE STEFAN SALEJ

 DAS PRIVATIZAÇÕES E PRIVATARIAS

Stefan Salej

O massacre dos presos nos estados da Amazônia e Roraima (por sinal a terra do senador Juca, presidente nacional do PMDB, que tanto tem falado sobre como deve ser Brasil e agora sumiu) expôs, além de toda a tragédia humana e apresença avassaladora das facções  criminosas na política e na gestão nacional, algumas outras questões não menos importantes. Uma delas foi a opinião externada pelo "comissário"para a juventude (porque só países socialistas do Leste Europeu que tinham comissários para a juventude) Bruno Julio.O preocupante não é só o conteúdo das declarações (entre outras barbaridades disse que deveria haver mais massacres ) mas a conclusão que a nossa juventude possa pensar assim. Ou seja, matar os detidos pela justiça nas prisões deve ser rotina que resolverá o nosso problema prisional. Não temos pena de morte na legislação, mas aprovamos a pena de morte de fato nas prisões, executadas pelos próprio companheiros dos carcerários. O assustador é que para estar neste cargo, o dito cujo, filho de um rebelde ex-militar que se elege com um discurso de incitação ao ódio, teve apoio do partido majoritário no governo, do estado e passou pelo crivo de seleção da Casa Civil da Presidência da Republica.

 

Mudando do foco de declarações, há um outro elemento curioso nesses episódios  do Norte do Brasil. Uma boa parte das prisões são administradas por uma empresa privada com nome latinizado e lindo:Humannizare. Humanizar. Um contrato que, sob todos os aspectos conhecidos dopúblico, nada de achar  algo pelos portais da transparência, é um excelente contrato para a empresa. Quinhentos milhões de reais por ano, sem aditivos, com custo em dobro por prisioneiro do que em São Paulo, o estado mais desenvolvido do país. Nessa tragédia ninguém consegue descobrir quem são os donos do negócio, nem as diretoras (senhoras afortunadas com esse contrato) nem onde a empresa está, funciona e por quais atividades é responsável.

 

Total mistério. Já em 29de julho de 2016, ou seja meio ano atrás, o Portal de Zacarias de Manaustrouxe extensa reportagem sobre o que acontecia nos presídios daquela capital. Foi feita uma revista no complexo Anísio Jobim, com a presença do secretário de segurança publica do Amazonas, General Comandante do Comando Militar da Amazônia, mas sem o Secretário de Administração Penitenciária do Amazonas. Está tudo lá: fotos, provas, armas, e, no final, a reportagem pergunta onde está a Humannizare.

 Privatizar é uma política certa no contexto do desenvolvimento. Mas privatizar sem responsabilidade, em um conluio entre o privado e o público que provoca mortes e prejuízo à população (seja em presídios, transportes, iluminação pública, aguas, ou lixo) é crime como qualquer outro. Os governos têm que se equipar,principalmente com vontade e determinação política, para exercer controle sobre as privatizações. Senão, o prejudicado além da população, também é o conceito de melhoria de serviços públicos através da privatização. Privatização responsável, sim, privataria, não!

 STEFAN SALEJ - EMPRESARIO

ascom