Publicado em 22/12/2020 - geral - Da Redação
A fase de fiscalizações da
edição 2020 do Programa de Fiscalização Ambiental Preventiva na Indústria
(Fapi) já começou. Após a realização dos workshops orientativos com
empreendedores do setor produtivo, empresas de diversos segmentos passaram a
ser fiscalizadas. O trabalho teve início na última segunda-feira, 14 de
dezembro, e a previsão é que cerca de 1.200 empreendimentos sejam visitados
pelos fiscais nas próximas semanas em todas as regiões de Minas Gerais.
A ação é realizada pela
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em
parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente. O programa tem o apoio da
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e visa à
regularização ambiental e a redução de infrações ambientais. Na primeira etapa
do Fapi, realizada em setembro, as empresas que atuam nos setores alvos de
fiscalização desta edição participaram de workshops temáticos. No encontro, os
empreendedores receberam informações e instruções sobre boas práticas ambientais,
tomaram conhecimento sobre as principais irregularidades encontradas nas
atividades de cada setor produtivo e ainda receberam orientações para
regularizarem seus empreendimentos.
As fiscalizações
encerram-se em janeiro. Até lá, empreendimentos com atuação em setores de
gerenciamento de resíduos de saúde, extração de rochas ornamentais e de
revestimentos, indústria metalomecânica e abate de animais de pequeno, médio e
grande porte, receberão as visitas dos policiais e de fiscais da Semad,
explicou o diretor de Estratégia da Fiscalização da Subsecretaria de
Fiscalização Ambiental (Sufis), Gustavo Endrigo de Sá.
Segundo ele, houve um
intervalo de 90 dias, entre os workshops e o início da fiscalização. “Durante
os workshops apresentamos os principais entraves identificados nos
empreendimentos que atuam em cada setor alvo do programa, fornecemos as
orientações para regularização e já antecipamos que eles serão fiscalizados. A
partir disto, eles têm esse prazo para se mobilizar e buscar a regularização
ambiental”, avalia.
Mediante o trabalho
realizado, de orientação aos responsáveis pelas empresas, a expectativa é de
que ao final do período de fiscalizações o índice de irregularidades seja
baixo. “Historicamente, desde o início do Fapi, a média não chega a 3% e
esperamos que se mantenha baixo, com muitos empreendimentos já regularizados.
Quando realizada sem o caráter preventivo a fiscalização pode resultar em um
índice de até 24% de infrações ambientais”, acrescenta o diretor.
Coordenadora do Fapi pela
Fiemg, a analista ambiental da Gerência de Meio Ambiente, Kamila Vilela,
destacou que durante os 90 dias entre o workshop e o início da fiscalização, a
Federação estreitou contato com as empresas alertando sobre a regularização
ambiental na indústria e apresentando o programa. O contato, segundo ela, foi
feito por meio de sindicatos patronais e envio de cartilhas orientativas via
e-mail e redes sociais.
“As empresas que
demonstram interesse em solucionar as irregularidades recebem um diagnóstico
ambiental e um plano de ação para que ela possa se preparar para receber a
fiscalização da Semad e da Polícia Militar”, frisou. Kamila ainda reforçou que
a Fiemg não participa da escolha dos alvos de fiscalização e das atividades de
inspeção em campo, na sede dos empreendimentos, ficando este trabalho a cargo
do Governo do Estado.
O Subsecretário de
Fiscalização Ambiental, Cezar Cruz, destaca que a FAPI se demonstra um modelo
de sucesso, principalmente por ter se consolidado como uma ferramenta eficiente
de indução à regularização ambiental, bem como de mecanismo continuado de
melhoria da gestão ambiental dentro dos empreendimentos.
Trâmites
O Fapi prevê uma
atenuação, em até 50% do valor total da autuação administrativa, em caso de
constatação de alguma irregularidade em empreendimento inscrito no Fapi. Se o
empreendimento em questão se tratar de microempresa, o programa prevê um prazo
de 40 dias para eliminar as irregularidades e submeter os certificados de
regularização à Semad.
“No Fapi nós trabalhamos
preventivamente e em conjunto. A nossa expectativa é de chegarmos aos alvos de
fiscalização e não deparar mais com a atividade irregular, justamente por esse
trabalho construído junto à Semad e Fiemg”, pondera o tenente da Seção de
Planejamento e Operação do Batalhão da Polícia Militar de Meio Ambiente,
Ademilson Brito.
O relatório detalhado, com
os resultados apurados durante a edição de 2020, será divulgado em 2021, em
formato Power-BI, e ficará disponível para acesso no site do Fapi.
O Fapi
Em 2020 está sendo
realizada a quarta edição do Fapi. Em função da pandemia da Covid-19, a
programação registrou alterações, como a realização de workshops online e não
presenciais. Também foram produzidos pela FIEMG e pela Semad vídeos
orientativos sobre regularização ambiental de empreendimentos, divulgados na
página oficial do programa. Nas fiscalizações em campo também foram adotados
equipamentos de proteção individual como máscaras de proteção e álcool em gel
70% para higienização das mãos.
Nas três edições anteriores do programa foram realizados 38 workshops orientativos e mais de 3.400 fiscalizações. Nas fiscalizações foram registradas irregularidades em apenas 3% dos alvos. Todas as informações referentes ao Fapi, os empreendimentos a serem fiscalizados, vídeos e os workshops que foram aplicados junto às empresas estão disponíveis neste link
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