Publicado em 03/07/2018 - geral - Da Redação
Os serviços de
inteligência das polícias Militar e Civil investigaram durante três meses o
paradeiro de cada um dos criminosos
Homicidas,
traficantes de drogas, estelionatários e assaltantes de bancos. Ao todo, 170
criminosos ligados a facções foram presos de uma só vez na manhã desta
terça-feira (3), em diversas cidades mineiras, durante uma mega operação
batizada de "O Regresso". Para capturar esses bandidos, os serviços
de inteligência das polícias Militar e Civil investigaram durante três meses o
paradeiro de cada um deles. O balanço da operação foi apresentado em coletiva
de imprensa, em Belo Horizonte.
Segundo o promotor de
Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais
e de Execução Penal do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Henrique
Macedo, as 170 pessoas que foram presas na operação representavam "grande
impacto para a segurança pública do Estado" porque cometeram crimes
violentos, continuaram soltas ou fugiram de presídios e voltaram a praticar
novos delitos.
"Selecionados os
alvos, localizamos os criminosos foragidos que estavam espalhados por todas as
regiões de Minas Gerais. Distribuímos então centenas de policiais pelos
municípios, que tiveram o apoio de viaturas e aeronaves, para cumprirmos os
mandados de prisão num mesmo dia. A operação se chama 'O Regresso' porque a
maioria deles já frequentou o sistema prisional. Vários estavam foragidos há
muito tempo e ainda prosseguiram em atividades criminosas", explica
Macedo.
Apesar das 170
prisões, outros 119 criminosos que também tiveram o mandado de prisão expedido
pela Justiça no âmbito da operação “O Regresso” não foram encontrados nesta
terça pelos policiais. “A operação continua. O próximo passo é capturar os
alvos que ainda não foram localizados”, disse o promotor, que destacou ainda as
atividades policiais e do MPMG que darão sequência à operação, com base nos
depoimentos dos presos.
“Em seguida, vamos
reunir os processos desses foragidos que estavam suspensos e dar celeridade
para finalizar os inquéritos. O objetivo é dar ao juiz da execução penal os
instrumentos necessários para que ele possa de fato fazer o cumprimento da pena
e afastar esse indivíduo da sociedade”, complementa.
Além do promotor, o
superintendente de investigação de Polícia Judiciária da Polícia Civil, o delegado
Carlos Capistrano, e o chefe da sala de imprensa da Polícia Militar, o major
Flávio Santiago, também participaram da coletiva. Nenhum deles divulgou as
cidades em que ocorreram as 170 prisões, nem os nomes dos criminosos e seus
respectivos crimes.
AILTON DO VALE – JORNAL O TEMPO