O INFERNO das pessoas

Publicado em 13/12/2016 - geral - Fernando de Miranda Jorge

O INFERNO das pessoas

O inferno do outro também existe. Basta olhar para o lado, para nossos vizinhos, amigos e conhecidos. Basta escutar o lamentar do outro. É fatal. É pontual. E muitas vezes não estamos nem aí para o tipo de inferno que o outro vive. Nossa individualidade, nossa pequenez, nosso egoísmo não permitem. É só “venha a nós”, e pronto. Desde criança, ouço o ditado bem popular: Pimenta, no olho dos outros, é refresco. Pimenta só arde no nosso olho? “Onde há humano, há diferenças a caracterizar indivíduos e grupos e maneiras de tratar as pessoas”. Hoje em dia, não sei se sempre foi assim, não mais interessa o outro, ou melhor, não queremos nos preocupar com ninguém, a não ser com nós mesmos. O inferno são os outros? Queremos a nossa liberdade para agir, para expressar e para viver. Primeiro na mente. Depois, na organização. Por fim, na prática. Mas... e a liberdade do outro? “Aprendi que o tempo cura, que mágoa passa, que decepção não mata. Que hoje é reflexo de ontem, que os verdadeiros amigos permanecem e que os falsos, graças a Deus, vão embora. Compreendi que a palavra tem força, que o olhar não mente e que viver é aprender com os erros. Aprendi que tudo depende da vontade, que o melhor é sermos nós mesmos, e, que o segredo da vida, é o bem viver”. E o inferno dos outros? Bem, o inferno de todos nós está no não aprender a viver como um eterno aprendiz.

Fernando de Miranda Jorge / Acadêmico Correspondente da APC / Jacuí/MG – E-mail: fmjor31@gmail.com