Publicado em 30/12/2020 - geral - Da Redação
Medida Provisória busca garantir a continuidade das ações emergenciais em benefício da cultura brasileira
O
presidente da República, Jair Bolsonaro, prorrogou o prazo para utilização dos
recursos da lei Aldir Blanc. Com isso, secretários de cultura de cada cidade e
estado terão até o próximo ano para empregar os mais de R$ 2 bilhões ainda não
utilizados em socorro ao setor cultural para minimizar os impactos provocados
pela pandemia de Covid-19. Atualmente, a Lei Aldir Blanc exigia que as ações e
projetos apoiados com tais recursos fossem executados até 2020. A Medida Provisória 1.019, que autoriza a extensão do
prazo, foi publicada nesta quarta-feira (30.12) no Diário Oficial da União
(outras informações AQUI).
Para serem utilizados
no próximo ano pelos secretários de cultura locais, os recursos precisam ser
empenhados neste ano, ou seja, comprometidos em orçamento ainda no exercício de
2020. E, desta forma, poderão ser executados e pagos em 2021. Assim, a MP não
representa aumento de gastos públicos.
Ao todo, o Ministério
do Turismo, por meio da Secretaria Especial da Cultura, repassou R$ 3 bilhões a
estados e municípios. Contudo, cerca de 65% destes recursos ainda não foram
utilizados pelos gestores locais em apoio à cultura brasileira, uma das mais
afetados pela pandemia de Covid-19.
“Nós entendemos a
importância destes recursos para o setor cultural, principalmente, para
trabalhadores e espaços artísticos que tiveram suas atividades interrompidas
pela pandemia. Por isso, articulamos junto a área econômica do governo esta prorrogação
para que o recurso possa chegar, de fato, a todos que dele precisam”, destacou
o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
Dos R$ 3 bilhões
distribuídos, R$ 1,3 bilhão foi destinado aos municípios, que tiveram outros R$
118 milhões revertidos aos estados onde se encontram, uma vez que não
solicitaram ou não finalizaram o cadastro para receber estes recursos. O
restante foi repassado para uso das secretarias estaduais de cultura ou órgãos
correspondentes.
Com a lei Aldir Blanc,
mais de 4 mil municípios brasileiros receberam pela primeira vez, em uma
década, recursos federais para políticas públicas na área da cultura. “Antes da
Aldir Blanc os recursos não chegavam a maioria das nossas prefeituras. O que
temos feito é democratizar o acesso de recursos públicos federais para o setor,
alcançando todos os estados do país”, ressaltou o secretário especial de
Cultura, Mário Frias.
LEI ALDIR BLANC – Os recursos da
Aldir Blanc garantem uma renda emergencial a profissionais do setor, como
artistas, contadores de histórias e
professores de escolas de arte e capoeira, paga por meio
dos governos estaduais e DF em três parcelas mensais de R$ 600.
Também podem ser
utilizados por estados e municípios para
pagamento de auxílio mensal para manutenção de espaços
artísticos como circos, escolas de música, arte e danças, museus e
bibliotecas comunitárias. Este subsídio tem valor mínimo de R$
3 mil e máximo de R$ 10 mil.
E, também, podem ser utilizados por estados e municípios para fomento às atividades culturais por meio da realização de editais, chamadas públicas ou prêmios que resultarão em aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural, manutenção de agentes, espaços, iniciativas, cursos, produções, desenvolvimento de atividades de economia criativa e de economia solidária, além de produções audiovisuais, manifestações culturais e realização de atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela internet.
Ascom