Publicado em 05/03/2018 - geral - Da Redação
No 4º trimestre de 2017 a taxa de desocupação em Minas Gerais
foi estimada em 10,6%, apresentando queda de -1,6 ponto percentual em
comparação com o trimestre imediatamente anterior (12,3%). No Brasil, a taxa de
desocupação verificada foi de 11,8%. A queda foi ainda maior na comparação com
o 1º trimestre de 2017, quando a taxa chegou a 13,7%. As informações foram
publicadas pela Fundação João Pinheiro na
plataforma FJP Dados.
No estado, a população em idade para trabalhar (17,5 milhões)
representou 82,9% do número total de pessoas (21,2 milhões). Desse grupo que
pode exercer alguma atividade (14 anos ou mais de idade), 63,8% fazem parte da
população economicamente ativa (PEA) e 36,2% estão fora da força de trabalho.
Do total de desocupados, as mulheres ainda têm mais dificuldade
para encontrar um emprego, com a taxa de desocupação de 12,4%, contra 9,3%
estimados para os homens. Segundo o pesquisador da FJP Glauber Silveira,
“apesar das mulheres serem maioria na população em idade de trabalhar (51,6%),
entre as pessoas ocupadas verificou-se a predominância de homens (56,0%)”.
Embora menor do que as taxas apuradas nos três trimestres
anteriores, pessoas na faixa etária de 18 a 24 anos permaneceram à frente na
taxa de desocupação, com 22,8% registrados no 4º trimestre de 2017 (Tabela 1).
A taxa de desocupação aferida para o contingente de pessoas com
ensino superior completo (5,6%) é a menor desde o segundo trimestre de 2016. No
recorte por raça/cor, observou-se que a taxa de desocupação dos que se
declararam brancos (7,8%) ficou abaixo dos que se declaram pretos (13,5%) ou
pardos (12,3%).
Silveira ainda ressalta que “a taxa de desocupação por sexo,
idade, nível de instrução e raça/cor caiu ao longo do ano devido à recuperação
da economia em 2017”.
Na última sexta-feira, os mineiros já haviam recebido outra boa
notícia: o estado teve um saldo positivo de 8.336 vagas de trabalho em janeiro
deste ano, o melhor resultado desde 2012. O resultado reverteu o comportamento
negativo nos três últimos anos. Dessas vagas, 5.187 foram abertas no interior
do estado. "Minas Gerais tem 132 postos do Sistema Nacional de Emprego
(Sine), mantido pelo governo e municípios. No ano passado, atendemos 2 milhões
de pessoas", diz o subsecretário de Trabalho e Emprego da Secretaria de
Estado de Trabalho e Defesa Social, Sedese ,Antônio Roberto Lambertucci.
Rendimentos
No 4º trimestre de 2017, o rendimento médio real do trabalho
principal, habitualmente recebido por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais
ocupadas foi estimado em R$ 1.804 para Minas Gerais.
Esse resultado apresentou estabilidade em relação ao terceiro trimestre de 2017 e aumento em relação ao quarto trimestre de 2016 (Tabela 2).?