A ETERNA ISRAEL

Publicado em 04/06/2010 - marco-regis-de-almeida-lima - Marco Regis de Almeida Lima

Enfrentamentos com o povo israelita se constituem numa fria tremenda. Os registros de milênios bem demonstram isso na vida desse povo descendente de Abrahão.  Se suas tribos já eram poderosas nos duelos com cananeus, filisteus, moabitas e outros, pior ficou agora quando eles dispõem de sofisticados meios de guerra e até bombas atômicas. Loucura é bater de frente com um povo que numa simples estilingada mata um gigante como Golias ou que, numa façanha sobrenatural, vê o Mar Vermelho se abrindo para a sua passagem e, em seguida, afogando todo um exército egípcio. Dá pra crer que antes Deus estava com eles, mesmo que tenham cometido ou sofrido atrocidades, pois o comportamento bárbaro era modismo no mundo antigo. Se os caras vacilavam lhe arrancavam de uma só vez o polegar e o dedão do pé. Não me perguntem o porquê da escolha desses dedos, pois não sei a resposta. Pior era o castigo de ter a pele do corpo arrancada com o sujeito ainda vivo. Naquele tempo ainda não havia a doutrina cristã de dar a outra face, de perdoar setenta vezes sete ou do amai-vos uns aos outros. Mas, inquestionavelmente, os hebreus suportaram maus pedaços até se estabelecerem na terra de Canaã. Muitas vezes, fracassaram na sua fé, até adoraram um bezerro de ouro.
Nas suas idas e vindas históricas os judeus acabaram ficando sem pátria e quase foram dizimados no horroroso holocausto. Foi aí que encontraram um protetor terreno, que os ajudaram a ter um novo território árido e nada promissor como a antiga terra da promissão. Mas, a sua obstinação e os seus dotes materiais e intelectuais transformaram este novo pedaço em fartura e desenvolvimento.
A Israel moderna é próspera, a maior economia do Oriente Médio. Transformou terras áridas numa agricultura avançada, onde se destacam a irrigação e as estufas. Pra manter a tradição, continua a  produzir armamentos, sendo estes muito cobiçados pelo crime organizado internacional.Também fabrica aviões, aplicando a sua informática evoluída. Sua vizinhança, armada com pedras, enfrenta todo esse poderio com valentia.
Os israelenses não hesitam. Enviam comandos militares de alto preparo para onde quer que seja. Nos meados do século passado, seu passatempo predileto era a caça de nazistas pelo mundo. Pertinho de nós, aqui na Argentina, vieram, capturaram e levaram para o seu país o oficial alemão Adolf Eichmann, onde o executaram no melhor estilo de julgamento ocidental do pós-guerra, ou seja, uma farsa, como ainda se faz no badalado Tribunal Penal de Haia. Há poucos anos, enviaram um comando desses para libertar reféns em um país africano, o que viria dar um espetacular filme hollywoodiano.
Pois é, minha gente, foi com esse povo que um grupelho internacional foi se meter, nesta semana, sob uma bandeira de ação humanitária. Acharam que podiam agir como um Greenpeace em questões políticas. Cutucaram a onça com vara curta e não deu outra: cerca de uma dezena de mortos, feridos e centenas de presos pelos famigerados comandos israelenses. Vejam que não deram moleza. Atacaram o tal comboio de navios de ação humanitária, que se dirigia para a região palestina de Gaza, ainda em alto mar, nas chamadas águas internacionais. Para eles, como exemplificamos acima, não há limites internacionais e o mundo globalizado virou um  prato cheio.
O mundo civilizado está chiando, protestando, mas, no fundo sabe que vai meter o rabo entre as pernas, porque ajudou a dar asas para tais ações por parte da aliança ocidental. Neste caso, o deus terreno de Israel, os Estados Unidos, já contemporizou pedindo tempo para uma melhor investigação. Assim sendo, os vira-latas vão parar de latir.
Devido a acontecimentos como esses é que hoje proliferam os homens-bomba, pois a justiça existente no mundo é a do mais forte. Portanto, senhores leitores, não menosprezem nem ridicularizem esses martírios.