Publicado em 14/11/2016 - paulo-botelho - Da Redação
Criada em 1900 por Max Planck, a Física Quântica constitui a base de toda a física moderna. Planck afirmava que a energia radiante tem, como matéria, uma estrutura descontínua que só pode existir sob a forma de átomos. Albert Einstein, ao propor a Teoria da Relatividade, estabelece, prioritariamente, o nuclear do ser humano em sua dimensão holística (holis, do grego, totalidade). Feitos de matéria estelar, somos todos filhos do sol, como intuiam os Incas e os Maias.
Einstein, cuja equação mais importante do Século XX ( Energia é igual à massa, multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado) intuiu que quando se acende a luz há um percurso de 300.000 quilômetros por segundo. É por isso que nos habituamos logo à claridade. Não nos espantamos com a rapidez com que uma sala se ilumina. – Mas, e quando apagamos a luz? Ficamos atordoados, desnorteados. Por quê? - Porque não sabemos com que velocidade viaja a escuridão. Einstein dizia que apenas duas coisas são infinitas: o universo e a escuridão humana (leia-se burrice).
O universo quântico é um mundo de sistemas processados e não de coisas isoladas; de relações criativas e não de estruturas rígidas; de flexibilidade e procura do significado e não de força ou poder. Portanto, rigidez de estruturas, controles, hierarquias e autoritarismos não combinam com a empresa quântica. E ela pode ser quântica na medida em que for o oposto das proposições psicologísticas existentes nas empresas. O papel do dirigente quântico é o de remover obstáculos; fazer as pessoas se engajarem no processo de criação de sua própria realidade, que é a realidade da empresa, além de estabelecer mecanismos de participação em todos os níveis da estrutura organizacional.
A partir de relacionamentos não-autoritários, as pessoas ficam mais propensas a buscar harmonia, a ouvir e a discutir. Os processos grupais de discussão livre, sem barreiras, censuras ou críticas sempre fazem emergir algo de novo e produtivo. O conhecimento passa a ser matéria prima para tudo, inclusive para que se produza mais conhecimento. A partir daí, portanto, a empresa fica mais inteligente e com capacidade de agir diante da informação, sem esperar as "ordens de cima".
Eliyahu Goldratt, consultor israelense, autor do bestseller "A Meta", conta que perguntou a um leitor se ele já tinha implementado alguma das idéias propostas em seu livro. E a resposta foi que não. Goldratt, então, perguntou: "Por que não?" - E o leitor respondeu: "É porque o meu chefe não deixa!" - O paradoxal é que o mesmo chefe foi quem lhe tinha dado o livro de presente. - Isso tem um nome: chama-se conformismo!
Clemente Nóbrega, físico e administrador de empresas, pergunta e responde o seguinte: "De que adianta recomendar a alguém burro que fique mais inteligente? Na prática, a burrice consegue transformar em burrice até a inteligência contida nas boas recomendações que recebe."
Aviso: Este artigo pode produzir distúrbios físicos e emocionais em dirigentes que não podem ser contrariados; especialmente os resistentes a mudanças.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e Escritor. WWW.paulobotelho.com.br