A Palavra Escrita na Empresa

Se o caro leitor acha que a “revolução da informação” diminuiu a importância da palavra escrita está equivocado. Escrever bem, principalmente, na empresa é muito importante. Porém, é preciso escrever com concisão e objetividade.
Antes de colocar a caneta ou o lápis no papel – ou os dedos no computador – pense sobre o que você pretende dizer; que informação quer transmitir e que reação espera de quem vai ler. Saber dizer não é o forte de Fernando Henrique Cardoso, o “príncipe dos sociólogos” ou do “brilhante empresário” Abílio Diniz.
Organize os seus pensamentos antes de começar a escrever. Fazer um esboço de seus principais argumentos pode ser útil. A comunicação escrita e a comunicação verbal têm muito mais em comum do que se imagina. Os melhores textos escritos são os que mais se assemelham à conversa normal; aquela do dia-a-dia.
Todas as palavras que você escrever devem ter um objetivo. Se puder transmitir o seu ponto de vista em três frases, não escreva três parágrafos ou três páginas para dizer a mesma coisa. É preciso evitar a tendência de usar palavras complicadas quando puder encontrar outras mais simples. E sempre é possível obter simplicidade na escrita.
Poucas pessoas são capazes de transmitir seus pensamentos por escrito logo na primeira tentativa. A melhor maneira é redigir um primeiro rascunho sem muita preocupação com a perfeição. Depois disso, releia o seu rascunho e o corrija em termos de conteúdo, sintaxe gramatical, ortografia e facilidade de leitura.
Você precisa assumir uma atitude ativa, comprometida e positiva em seus escritos. Mesmo ao transmitir más notícias, a redação pode amenizar o clima dizendo que o tempo bom costuma chegar depois da tempestade.
A maioria dos problemas decisivos de uma empresa não se encontra nas coisas (projetos, procedimentos, sistemas), mas na cabeça das pessoas (atitudes, comportamentos, capacidades).

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e Escritor. www.paulobotelho.co,.br