De Sapos e de Mudanças

Publicado em 10/10/2016 - paulo-botelho - Da Redação

De Sapos e de Mudanças

Um conhecido e cruel experimento da área de biologia prova que um sapo, colocado numa panela com água de sua lagoa levada ao fogo, fica imóvel durante todo o tempo em que a água esquenta até ferver. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura e morre cozido. Já um outro sapo, jogado numa panela com água comum a ferver, salta de imediato para fora, mesmo que chamuscado.

Alguns empresários ou dirigentes agem como sapos fervidos. Não percebem as mudanças no ambiente dos negócios e acham que tudo vai ficar bem; que a crise passa com o tempo. Quebram ou fazem grandes estragos em suas empresas; e morrem como o sapo da lagoa de água fervida.

Essa metáfora, de autoria do consultor e escritor americano Peter Drucker, pressupõe a necessidade de linguagem adequada para o entendimento nos relacionamentos dentro das empresas. “Falar a mesma língua” na empresa não significa que há entendimento. Há em cada ser humano um universo de crenças, ideias e percepções diversas do qual depende o sentido que as palavras adquirem.

Uma empresa precisa ser entendida como um acordo entre todos os que dela fazem parte; e não um lugar onde as pessoas aplicam o seu tempo em troca de um salário.

Jacques Cousteau, oceanógrafo francês, autor de observações sobre o comportamento de inúmeras espécies de animais, dizia que em nossa vida, muitas vezes, precisamos nos livrar de certas lembranças, de certas mágoas, de certos hábitos e outras tantas coisas que nos causam dor e sofrimento.

Paulo Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e Escritor. www.paulobotelho.com.br