Publicado em 07/05/2018 - paulo-botelho - Da Redação
Foi em Silveira – SP, cidade com pouco mais de 5.000 habitantes,
próxima a Cruzeiro e Queluz no Vale do Paraíba.
Em uma quarta-feira do mês passado, ao final da madrugada fria e ainda sem sol. Um carrinho-de-mão segue
rápido para o único Posto de Saúde levando uma mulher de 75 anos. O carrinho
era desses utilizados em construção civil para o transporte de tijolos, telhas,
areia ou argamassa. A mulher, sob intensa dor, tinha lesão em um dos
tornozelos. Não houve disponibilidade de viatura para levá-la ao Posto de
Saúde. E o marido, pedreiro de 78 anos, não teve dúvida: colocou a mulher no
carrinho e rumou para o atendimento. Tudo foi documentado pelo celular da filha
do casal. E a incomum cena acabou indo parar n a TV Vanguarda de São José dos
Campos.
Com carinho, de mãos dadas com a mulher, o homem disse, apenas:
“Eu não podia deixar a minha velha sofrendo; e aí botei ela no carrinho!”
- E não houve tempo para a última palavra. Não houve tempo para
dizer as tantas coisas do verdadeiro amor!
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e
Escritor. www.paulobotelho.com.br