Publicado em 05/09/2018 - paulo-botelho - Da Redação
Foi
Arquimedes, filósofo e matemático grego quem disse ser elementar o fundamental.
Enquanto não
se cuidar do elementar Saneamento Básico não tem como economizar água ou fazer
a sua reciclagem. – Por quê? Porque não há solução de engenharia hidráulica
para tal; especialmente para as pessoas mais pobres.
De que vale
tratar de uma verminose se o doente volta para o mesmo lugar ou ambiente em que
estava? – De nada adianta tratar de uma malária se o mosquito transmissor
continuar rondando o recém-curado ainda fraco e anêmico.
Ter
Saneamento Básico é um fator essencial para que um país possa ser chamado de
desenvolvido.
As vacinas,
tratamento de água e esgoto, melhorias de habitações, valem mais que toneladas
de medicamentos.
Estudos do
BNDES constatam que 75% das internações em hospitais para crianças com menos de
10 anos são provocadas por males oriundos da inexistência de esgoto e água
limpa; e que trazem sérias consequências no desempenho escolar delas.
Apenas 28%
dos esgotos são tratados na Região Sudeste do país. Os efeitos desta
constatação sobre as pessoas são previsíveis. Estimativas do Instituto Trata
Brasil apontam que mais de 300 mil internações anuais são causadas por
infecções decorrentes de falta de Saneamento Básico.
Políticos
deste país, especialmente deputados e prefeitos eleitos e reeleitos – alguns
com índices de 78% de aprovação popular – não fazem outra coisa a não ser
reclamar da “herança maldita” deixada pelo antecessor. – Burrice de alta
corrosão. E o que vem a ser tal burrice? – É
a inércia, ignorância e estupidez praticada contra os mais pobres que
são levados a enganos pelo palavreado pretenso e tosco do Horário Político.
Paulo
Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e Escritor. www.paulobotelho.com.br