Publicado em 15/02/2018 - paulo-botelho - Da Redação
Não
são tantos os problemas com impasses mais urgentes no Brasil do que apurar a
tragédia ocorrida na UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.
O
país vem caminhando, de forma acelerada, para um estado de ditadura
protagonizado pelo poder judiciário ao utilizar de meios indignos em que se
destacam, pela ordem: arbítrio, desrespeito, truculência e burrice.
Prenderam
o Reitor da UFSC Luis Carlos Cancellier sob a acusação de que estaria
dificultando as investigações sobre o sumiço de R$80 milhões. Os jornalões e as
tvs se incumbiram em ajudar a jogar o nome do Reitor na sarjeta; mas sabe-se
que a acusação não passou de especulação. E Cancellier foi submetido a
humilhações por conta de tal embuste.
Solto
da cadeia, ele ficou proibido de entrar na Universidade. Poucos dias depois
matou-se, jogando-se do sétimo andar de um shopping de Florianópolis. No bolso
da calça trazia um bilhete escrito à mão: “A minha morte foi decretada quando
me baniram da Universidade”.
Não
são os fins que justificam os meios; mas o contrário: os meios indignos
corrompem e envelhecem os fins.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e
Escritor. Associado-Docente da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência. www.paulobotelho.com.br