Publicado em 13/07/2018 - paulo-botelho - Da Redação
Toda
gente fala ou escreve. Porém, muita gente não sabe dizer. São pessoas confusas,
equivocadas e prolixas em seus entendimentos.
As
palavras que dizemos ficam gravadas em nosso inconsciente e se misturam ao
nosso destino. Por isso, nossa vida é o resultado do que dizemos – e pensamos.
Um
tanto tenho falado e outro tanto bem maior tenho escrito. – Como não imaginar
que, sem querer, ofendi ou contrariei alguém? – Às vezes sinto, numa pessoa que
acabo de conhecer, uma hostilidade meio surda. – Independente ofício esse de
viver em voz alta! – Às vezes, também, tenho o consolo de saber que, alguma
coisa que eu disse, ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua
vida cotidiana.
Certa
vez, por acaso, descobri que um artigo que escrevi estava – de forma integral e
em destaque – por debaixo do vidro da mesa de um diretor de empresa.
Nossas
palavras se cruzam entre as frases e se completam por meio dos entendimentos. –
E por que isso ocorre? – Porque o dizer é o registro da luta para preencher a
lacuna entre as palavras e os objetos que elas representam.
- É
preciso sempre ter boas palavras. Linguagem de afeto. Elas existem para serem
pensadas, gravadas e salvas em nossa memória; não na memória do computador, mas
na memória da alma.
Paulo Augusto de Podestá Botelho é Consultor de Empresas e
Escritor. www.paulobotelho.com.br