Eleições provocaram perdas para a região

Publicado em 20/01/2019 - politica - Da Redação

Eleições provocaram perdas para a região

Mesmo sem exercer mandato, o ex-deputado Geraldo Thadeu continua com sua liderança política no Sul e Sudoeste de Minas. No último pleito eleitoral, lembra que atuava na assessoria da presidência dos Correios e pediu demissão com a intenção de concorrer ao cargo de deputado federal. Porém, recuou diante da candidatura de Carlos Mosconi, entendendo que ambos não teriam chance porque o eleitorado é o mesmo em Poços de Caldas e região. Como Mosconi foi irredutível, não houve um entendimento e assim decidiu abrir mão da sua candidatura. Por sua vez, Mosconi foi candidato, mas não conseguiu ser eleito. Assim, novamente Poços de Caldas e parte da região do Sul de Minas ficou novamente sem a representação de um deputado federal. 

REGIÃO PERDEU

“O prejuízo foi grande”, disse Geraldo Thadeu. Até porque outros deputados da região também não foram reeleitos, citando Carlos Melles, Renato Andrade e Aelton Freitas. A região conta apenas com Emidinho Madeira na esfera federal. É uma pessoa que admira e considera muito, desejando que consiga desenvolver uma bela representação da região. Lembrou ainda de Rodrigo Pacheco que passou de deputado federal a Senador.

SITUAÇÃO CAÓTICA

A liderança analisou desta forma a situação dos municípios mineiros. Isto porque o governo estadual está completamente sem condições de honrar os compromissos obrigatórios com os município que superam R$ 10 bilhões. Com isso, a maioria dos municípios vem enfrentando uma situação terrível. Daí a grande importância de uma representação política. Neste contexto, como único deputado federal do Sul e Sudoeste de Minas, Emidinho Madeira deverá ficar sobrecarregado.

EMIDINHO NA OPOSIÇÃO

O deputado federal Emidinho Madeira foi eleito pelo PSB, partido de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Mesmo reconhecendo a característica de diálogo do parlamentar, Geraldo Thadeu afirmou que o mesmo vai encontrar uma grande dificuldade. Até porque o PSB é altamente rigoroso, que caminha para ocupar o espaço do PT no país. Assim, se o partido é de esquerda e de oposição ao governo Bolsonaro, vai acompanhar e fiscalizar a posição dos seus deputados. Com isso, Emidinho terá grandes dificuldades neste relacionamento com o governo. Mesmo se não concordar com este posicionamento, o deputado somente pode mudar de partido na janela daqui a três anos. Não acompanhando o posicionamento do partido e votando diferente, o deputado certamente será penalizado. “O Emidinho é autossuficiente, vai caminhar com as próprias pernas e procurar trabalhar muito. Mas não será fácil para ele”, disse.

LIBERAÇÃO DE EMENDAS

Sobre a liberação de R$ 14 milhões em emendas para cada deputado, Geraldo Thadeu explicou que um deputado em início de mandato somente pode apresentar emenda no final deste ano visando o orçamento de 2020. A tramitação não ocorre em menos de dois anos, mesmo assim considerando a normalidade no país e no governo. “Ninguém vai ter uma expectativa de que vai fazer grandes coisas daqui para frente em termos políticos de emendas e recursos de governo a mais para os municípios e estados”, falou.

AINDA AS EMENDAS

Geraldo Thadeu revelou que emenda de sua autoria foi liberada recentemente para o Hospital de Monte Belo, possibilitando sua reforma completa e aquisição de equipamentos. Da mesma forma, somente agora está sendo inaugurada uma quadra de futebol society em Divisa Nova no valor de R$ 300 mil resultado de emenda de sua autoria. Em ambos os casos, as emendas foram colocadas em 2014. Uma creche em Santa Rita de Caldas, no valor de R$ 1,2 milhão, somente está sendo concluída agora.  

GOVERNO BOLSONARO

Geraldo Thadeu observa ser uma mudança radical de estilo de governo. O Brasil passou por 12 anos da esquerda e hoje está sob um governo de direita que uma mentalidade diferente. O presidente Bolsonaro foi eleito sem recursos financeiros, realmente pela vontade do povo por mudanças considerando os processos de corrupção que assolaram o país nos últimos anos. A Operação Lava Jato tomou os fatos de conhecimento público, inclusive com condenações e prisões. “Quem elegeu o Bolsonaro foi a esquerda, principalmente o PT”, analisou.

O novo presidente, segundo a liderança, demonstra estar no caminho certo de cumprir aquilo que prometeu. Ou seja, de uma nova política e de forma de administrar. Até porque o Brasil está numa grande encruzilhada. Ou faz as reformas necessárias e vai para frente, ou o país entra numa depressão terrível. Também cabe ao Congresso dar respaldo nessas reformas necessárias. 

Por fim, o ex-deputado observa um aspecto positivo do presidente Bolsonaro, com o qual conviveu durante doze anos. “Ele é uma pessoa determinada, corajoso e firme. Mas tem ouvido e procurado mudar no que é necessário. Não é sinal de fraqueza, mas de prudência, principalmente num momento delicado do país”, disse.

LAVA JATO NAS PREFEITURAS

O Ministro da Justiça, Sérgio Moro, declarou que pretende estender a Operação Java Jato até as prefeituras. Isto ocorrendo, Geraldo Thadeu foi direto ao considerar a grande possibilidade de acontecer muitas coisas no país. Como nos últimos vinte anos, as prefeituras privatizaram e terceirizaram muitos serviços e obras, muita coisa “pode vir à tona”. Resta saber que haverá estrutura para tomar esta providência. 

FUTURO POLÍTICO

Quanto ao futuro, Geraldo Thadeu disse que “a Deus pertence”. Mas entende que a gente colhe exatamente aquilo que planta. Neste contexto, tem um bom relacionamento no meio político. Não ficou milionário na política e sempre trabalhou, inclusive com consultório odontológico durante trinta anos. Assim, espera uma nova oportunidade na política ou na iniciativa privada. Hoje, se sente realizado na vida profissional como dentista, na vida política como prefeito de Poços de Caldas e também como deputado.