Publicado em 21/02/2019 e atualizado em 21/02/2019 - politica - Da Redação
O Projeto de Lei (PL) 3.676/16,
que dispõe sobre o licenciamento ambiental e a fiscalização de
barragens no Estado, irá tramitar em regime de urgência.
Foi aprovado requerimento do presidente da Comissão de Administração
Pública, deputado João Magalhães (MDB), com essa finalidade, durante
Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)
desta quarta-feira (20/2/19).
De acordo com o artigo 273 do Regimento
Interno da Assembleia, a iniciativa possibilita que os prazos
regimentais sejam reduzidos à metade para dar celeridade à análise da
proposição. A medida também dispensa a exigência de prévia publicação dos
pareceres.
Essa proposição será discutida pela Comissão de Administração Pública nesta
quinta (21), às 9h45, no Auditório José Alencar. Participarão da audiência
pública representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e de
movimentos sociais. A partir das contribuições levantadas, a comissão
terá os elementos necessários para a elaboração do parecer ao projeto em 2º
turno. João Magalhães também é relator da proposição na Comissão. Após a
votação desse parecer, o projeto poderá seguir para votação definitiva no
Plenário.
Além de João Magalhães, os outros seis deputados efetivos da comissão também
assinaram o requerimento para a realização da reunião: Osvaldo Lopes (PSD),
Beatriz Cerqueira (PT), Sargento Rodrigues (PTB), Roberto Andrade (PSB),
Leonídio Bouças (MDB) e Raul Belém (PSC).
Histórico – O PL 3.676/16 resultou do trabalho da
Comissão Extraordinária de Barragens, criada pela Assembleia em
decorrência do rompimento da barragem de Fundão, da empresa Samarco, controlada
pela Vale e pela australiana BHP, em Mariana (Região Central do Estado), em
novembro de 2015. A tragédia, considerada o maior desastre ambiental da
história do Brasil, causou 19 mortes.
As atividades da Comissão Extraordinária de Barragens também culminaram, por
exemplo, na Lei 22.796, de 2017, que obriga a
destinação do total de recursos arrecadados com a Taxa de Fiscalização de
Recursos Minerários (TFRM) aos órgãos do Estado que integram o Sistema Estadual
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). O relatório final da comissão
trouxe ainda recomendações a órgãos públicos.
Após o ocorrido em Mariana, no dia 25 de janeiro de 2019, o rompimento de
uma barragem da empresa Vale, na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (Região
Metropolitana de Belo Horizonte), provocou devastação, 171 mortes até o
momento, além do desaparecimento de 139 pessoas.
Comunicação – Ainda na Reunião Ordinária desta quarta, foi lida comunicação do deputado Leandro Genaro (PSD), renunciando à vaga de membro efetivo da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
ASCOM