Publicado em 20/02/2019 - politica - Da Redação
A
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará, nesta quinta-feira
(21/2/19), audiência pública para discutir o Projeto
de Lei 3.676/16, de autoria da Comissão Extraordinária de
Barragens, que dispõe sobre o licenciamento ambiental e a fiscalização
de barragens no Estado.
A Comissão de Administração Pública vai debater a proposição com movimentos
sociais e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), às 9h45, no
Auditório José Alencar da Assembleia. A partir das contribuições dadas por
esses movimentos e pelo MPMG, a comissão terá os elementos necessários para a
elaboração do parecer ao projeto em 2º turno.
Além de João Magalhães, os outros seis deputados efetivos da comissão também
assinam o requerimento para a realização da audiência pública: Osvaldo Lopes
(PSD), Beatriz Cerqueira (PT), Sargento Rodrigues (PTB), Roberto Andrade (PSB),
Leonídio Bouças (MDB) e Raul Belém (PSC).
Após a votação do parecer na Comissão de Administração Pública, o projeto
pode seguir para o Plenário para a votação definitiva. Em reunião
extraordinária realizada na segunda-feira (18/2/19), o presidente da comissão e
relator do projeto, deputado João Magalhães (MDB), afirmou que deverá
apresentar novo substitutivo ao projeto, incorporando o conteúdo do PL
3.695/16, de iniciativa popular, além de outras propostas que
pretendem aumentar as regras de segurança das barragens.
A proibição da instalação de barragens de rejeitos de mineração pelo método
de alteamento a montante já consta no texto do PL 3.676/16. Esse
método é o mais barato, mas também o que traz mais riscos de ruptura. Ele foi
utilizado nas duas barragens de rejeitos que se romperam, em Mariana (Região
Central) e Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte).
Mar de Lama - Já o PL 3.695/16, conhecido como “Mar de Lama
Nunca Mais”, amplia o rigor em relação à atividade minerária. A segurança de
barragens torna-se política pública estadual. Entre outros pontos, torna-se proibido
o uso de barragens sempre que houver melhor técnica disponível para a
acumulação de rejeitos, tais como o empilhamento a seco. Também se proíbe a
concessão de licença para construção, ampliação ou alteamento de barragem onde
houver comunidade na zona de autossalvamento, que chega a 10
quilômetros a jusante da barragem.
De acordo com o deputado João Magalhães, o objetivo da audiência pública é
ampliar a discussão do novo texto, a fim de consolidar novos avanços com
relação à legislação que regulamenta a atividade minerária.