Publicado em 19/06/2018 - politica - Da Redação
Redução de custos, transparência e foco em atividades essenciais limitam aumento de gastos no Legislativo.
Adequar
as despesas à realidade das receitas. Essa prática tão comum no orçamento doméstico
é essencial também na gestão do gasto público. E é assim, com austeridade e
responsabilidade, que a Assembleia de Minas tem contribuído para a superação
das dificuldades financeiras do Estado.
O esforço
para racionalizar custos atingiu o próprio processo legislativo. Desde setembro
de 2015, a Assembleia diminuiu o ritmo de viagens. As reuniões das comissões no
interior do Estado chegaram a ser suspensas e hoje, seguem em número limitado.
Da mesma
forma, houve redução de atividades como os fóruns técnicos, que demandam etapas
de interiorização. Essas mudanças levaram a uma economia de 45% com transporte.
Eventos
também foram revistos. A solenidade da Ordem do Mérito Legislativo, realizada
anualmente em grandes espaços da Capital, passou a ser bianual. A última
edição, porém, foi feita em 2015 e na própria sede da ALMG.
Outro
exemplo é a Cantata de Natal, que foi mantida em sua essência, mas com
materiais mais simples e sem as atividades paralelas de antes. Com isso, na
rubrica eventos, a redução das despesas chegou a 86%.
Por outro
lado, para preservar a transparência e o acesso dos mineiros ao trabalho de
seus representantes, foi feito um investimento estratégico em tecnologias de
comunicação. Além do lançamento do Portal Mobile, todas as reuniões de
comissões passaram a ser transmitidas ao vivo pela internet, e o cidadão pode,
ainda, participar de forma interativa das principais audiências públicas.
Ao mesmo
tempo, a Assembleia buscou conter os gastos fixos, permitindo apenas a correção
inflacionária. A variação percentual de suas despesas, descontada a inflação
medida pelo IPCA, chegou a ser negativa entre 2013 e 2016 e teve alta de apenas
0,17% no ano passado.
A
principal despesa, relativa a pessoal, se manteve abaixo do limite de 2% da
Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado, conforme determina a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Em 2017, por exemplo, essa despesa foi de 1,69% da
RCL, incluindo-se o pagamento de inativos e pensionistas. O limite legal é de
2%, e o limite prudencial, de 1,90%.
Os gastos
do Legislativo correspondem a pouco menos de 1,4% do total do Estado. Mesmo
assim, em meio às restrições financeiras vividas por Minas Gerais, a Assembleia
fez o dever de casa e executou o orçamento previsto, sem necessidade de
suplementação orçamentária.