Publicado em 12/04/2021 - politica - Da Redação
Carlos Viana (PSD) acha que a CPI pode resultar no impeachment de ministro do STF
A semana inicia em alta
temperatura, na segunda-feira (12), com a reação crescente de senadores à
decisão monocrática do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), de dar ordem ao Senado para instalar a chamada CPI da Covid.
Uma das principais vozes dessa
reação é o senador Carlos Viana (PSD-MG), que já recolhe assinaturas
de colegas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
para apurar as circunstâncias do que classifica de “completo desrespeito entre
os poderes da República”. Ele precisa das assinaturas de apenas 27 senadores.
Ele explicou que há dois
caminhos para a CPI: o impeachment do ministro ou correção na legislação:
– “Há uma investigação,
caso seja confirmada responsabilidade criminal, pode se pedir o impeachment do
ministro. A CPI pode também identificar falhas na legislação e propor correções
para que crises institucionais como essa não voltem a se repetir”, argumentou.
Ativismo
judicial perigoso
O senador, que é vice-líder de
governo no Senado, disse que o ativismo judicial chegou a um limite “perigoso e
inconstitucional”. Ele considera que é hora de o Senado dar uma “resposta
corajosa” ao STF.
“O Senado tem o dever de dar
resposta firme e constitucional para o reequilíbrio entre os Poderes da
República”, publicou Carlos Viana em sua conta no Twitter.
O senador mineiro já
declarou, inclusive, que se a CPI concluir que na decisão do ministro houve
responsabilidade criminal, vai entrar com o pedido de impeachment.
“Eu estou pedindo aos meus
colegas que assinem o requerimento para instauração da CPI com base na
interferência entre poder. Uma decisão monocrática do ministro do STF não pode
impor ao presidente do Senado, uma atribuição que é do Congresso”, justificou.
O senador também reforçou que, com as assinaturas necessárias, terá o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Fonte:
Diário do Poder