Publicado em 15/05/2018 - ponto-de-vista - Da Redação
Na Matemática é fácil, é exata: divisão é
a operação aritmética inversa da multiplicação. O ato de dividir por algum
elemento de um conjunto só faz sentido quando a multiplicação por aquele
elemento for uma função bijetora, isto é: a função é injetora e sobrejetora
(simbologia de funções) ao mesmo tempo – é um tipo de função matemática que
relaciona elementos de duas funções. Tudo bem, é fácil, é só lidar lá com a
matéria. Quero ver é dividir na vida, entre pessoas. “É absurdo dividir as
pessoas em boas e más. As pessoas ou são encantadoras ou são aborrecidas.”
(Oscar Wilde – escritor e poeta irlandês). Então, dividir é difícil, sim:
quando crianças, a divisão é com os irmãozinhos. Já entre os jovens, a
complicação é dividir espaços, preferências, amores, confortos e amizades, ou
dividir conta de restaurante e ou objetos, assim como os solteiros. Casados?
Aqui o bicho pega. Nada pior do que não conseguir resolver situações, quando
precisamos dividir alguma coisa, e não sabemos qual é a melhor maneira dessa
divisão. Marido e esposa podem e devem dividir a autoridade em casa. Por
exemplo, saber compartilhar o poder dentro da família é a chave para o bom
relacionamento e garantia de harmonia no lar. Tem de dividir. Dividir as
finanças pessoais; as contas a pagar entre o casal é uma questão de boa
convivência, pois um socorre o outro e pronto, tudo está em casa. Dividir as
tarefas da casa, outra questão de honra, todos os afazeres, pelo menos tomando
conhecimento, não deixando de se prontificar com o outro. Divisão das atenções
entre casais e filhos. É! Mais tarde, já pelas tantas da vida, a divisão de
bens, heranças... Julgo essa fase a mais chata. Nunca dá certo o contentamento
de todos os envolvidos. Não gosto. Dividir é realmente muito difícil.
Entretanto: “A filosofia da Aritmética nos ensina que dividir também é somar”.
Ou na Matemática da vida, temos que somar as amizades, dividir as emoções, subtrair
as tristezas, multiplicar as alegrias.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da Academia
Paraisense de Cultura
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com