Publicado em 02/09/2019 - ponto-de-vista - Da Redação
“As
manhãs e as tardes de Jacuí, neste prenúncio de primavera, além de lindas,
exalam ares agradáveis”. Toda casa tem um pé de jabuticaba. É o suficiente para
respirarmos o ar com um cheiro de fazer sonhar. O ar é livre e a visibilidade
também, para apreciarmos os exuberantes “ipês amarelos”! E fica tudo por isso
mesmo. As pessoas aqui já se acostumaram. Não percebem muito isso. Já o homem
da cidade grande é um animal estranho e vive especialmente de todas as
poluições que constituem sua geografia, especificamente das que formam o mapa
topográfico de sua alma. Que delícia! É a saudade, bate forte dos tempos idos e
vividos. Sem poluição, nem produtos artificiais. Sem agentes destruidores da
natureza. Era tudo na ‘horta’ e na hora. Às vezes, não esperávamos nem o seu
amadurecimento. Aguardávamos pacientemente anoitecer, ali pelas oito e nove
horas, para o ataque no quintal do vizinho, ou onde tinha a fruta saborosa.
Éramos felizes. Vivíamos simplesmente. Habitante exclusivo da terrinha, só
nossa, sem estranhos, sem perigos e sem novidades. Era assim. Hoje é diferente,
mas sem desigualdades, porque o progresso trouxe desenvolvimento e as novidades
estão às claras, é inevitável e necessária para todos nós. Novos tempos. Por
que não? Que fazer se não seguirmos e não nos credenciarmos na evolução
tecnológica? Todavia com saudades daqueles tempos! O fim chegou. É agora...
Tudo vai começar. Sinto o odor no ar, como de uma flor... Para a eternidade.
Fernando
de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: fmjor31@gmail.com