Publicado em 20/08/2019 - ponto-de-vista - Da Redação
O
inferno do outro existe. Basta olhar para o lado, para nossos vizinhos, nossos
amigos e conhecidos. Escutar o lamento do outro. É pontual. E, muitas vezes,
não estamos nem aí para o tipo de inferno que o outro vive. É, ou não é? Nossa
individualidade, nossa pequenez e nosso egoísmo não permitem. É só o “venha
a nós”. Desde criança, ouço o ditado popular: pimenta no olho dos outros, é
refresco. Pimenta só arde no nosso olho? Não! “Onde há humanos, há
diferenças a caracterizar indivíduos e grupos e as maneiras de tratar as
pessoas”. Hoje, não mais interessa o outro – melhor – não queremos nos
preocupar com ninguém, a não ser conosco mesmos. O inferno são os outros
então... Aprendi que o tempo cura, que a mágoa passa, que decepção não mata e
que o hoje é reflexo do ontem. Que os verdadeiros amigos permanecem. Os falsos,
graças a Deus, vão embora. Compreendi que a palavra tem força, que o olhar não
mente e que viver é aprender com os erros. Aprendi mais: que tudo depende da
vontade, que o melhor é sermos nós mesmos e, assim, o segredo da vida é o tal
do bem viver. E o inferno dos outros? Bem, o inferno de todos nós está no não
aprender a viver como um eterno aprendiz. Aprendemos muito. E sabem com quem?
Com o outro. Ou com Mateus 5:5 “Felizes os de temperamento brando, porque
herdarão a terra”.
Fernando
de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
– e-mail: fmjor31@gmail.co